A esperança de uma nova ajuda à Grécia favoreceu a queda do dólar frente ao real nesta quinta-feira (02), anulando a alta de 1 por cento que a moeda havia registrado no dia anterior.
A taxa de câmbio terminou o dia a 1,578 real no mercado à vista, com queda de 1,13 por cento do dólar. A variação foi semelhante à do euro, que se aproximou novamente de 1,45 dólar, no maior nível em 1 mês.
A Grécia chegou a um acordo com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para adotar mais medidas de austeridade e acelerar as privatizações em troca de mais recursos emergenciais, disse nesta quinta-feira uma fonte à Reuters. Com isso, o país evita por ora uma reestruturação da dívida, que poderia ter um efeito dominó pelo setor bancário europeu.
A alta do euro ganhou mais evidência porque, do outro lado, o dólar também mostrou sinais de fraqueza. A agência de classificação de risco Moody's alertou que pode estudar uma redução da nota de crédito dos Estados Unidos se as negociações sobre o limite da dívida do país não avançarem até julho.
A notícia, aliada a uma série de indicadores econômicos mais fracos que o esperado, afastou os investidores da moeda norte-americana --o custo de seguro contra um improvável calote dos Estados Unidos aumentou de 46 a 51 pontos-básicos.
Para sexta-feira, o mercado fica atento a vários dados econômicos, principalmente o relatório do governo norte-americano sobre a criação de empregos em maio.
"Se continuar com os números ruins, está claro que o mercado vai deixar o dólar fraquinho", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença, que ponderou, no entanto, para a formação de suportes no atual nível da moeda norte-americana.
"Nesse patamar de mercado, tem atraído muita compra."
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