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Murguet: “Previmos que o câmbio teria esse movimento, mas não nessa velocidade” | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Murguet: “Previmos que o câmbio teria esse movimento, mas não nessa velocidade”| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

5.ª no ranking

A Renault se consolidou como a quinta marca de carros no país, atrás de Fiat, Volkswagen, GM e Ford. No fim de 2011, a empresa anunciou um ciclo de investimentos no país de R$ 1,5 bilhão até 2016. No plano constam a ampliação já finalizada na fábrica de São José dos Pinhais, que aumentou sua capacidade de 220 mil para 320 mil veículos de passeio por ano, e uma fábrica compartilhada com a Nissan em Resende, no Rio de Janeiro, que deve começar a operar em 2014.

Com crescimento médio de 20% ao ano nos últimos anos, a Renault do Brasil vê os resultados de 2013 ameaçados pela desvalorização do real frente ao dólar.

A alta da moeda norte-americana pressiona os custos com borracha e aço, os dois principais insumos na produção de veículos, e aperta as margens de lucro. Por isso, a montadora não descarta um aumento nos preços dos veículos, disse ontem o presidente da empresa, Olivier Murguet, em encontro com empresários organizado pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB-PR).

Apesar de a Renault depender principalmente de fornecedores locais, a valorização de mais de 15% da moeda americana nos últimos meses afeta a composição de preços. "Previmos que o câmbio teria esse movimento, mas não nessa velocidade", disse Murguet.

Para driblar o câmbio e aliviar a alta nos custos, a fórmula é negociar com os fornecedores para adiar ao máximo os reajustes. "Tivemos uma expansão muito sólida nos últimos anos que nos dão um lastro para suportar esta situação por algum tempo, mas a médio prazo é impossível não ser impactado", explica o executivo.

Outra ameaça para a montadora é ampliar a produção mesmo em um ano "mais curto" – a fábrica de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, ficou dois meses fechada para uma ampliação. Murguet, no entanto, acredita que com uma produção mais intensa neste semestre pode garantir uma produção superior à de 2012. "Nos primeiros meses da segunda metade do ano tivemos um volume de vendas muito satisfatório, com uma mudança de patamar", disse. A fatia de mercado da marca em julho foi de 7,3% das vendas totais, acima dos 6,6% de 2012.

Relevância

As ameaças que a Renault enfrenta no Brasil são preocupantes para a estratégia global da marca. O país é o segundo maior mercado da Renault no mundo, atrás somente da França, berço da empresa.

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