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O dólar tornou a cair ante o real nesta quarta-feira (4), ampliando a forte queda da véspera diante da perspectiva de novas entradas de recursos externos. O movimento foi na contramão do clima de cautela no exterior, onde a moeda norte-americana subia ante várias moedas, entre elas o euro. No fechamento, a taxa de câmbio cedeu 0,25%, para 1,8272 real na venda, renovando a mínima desde 9 de dezembro, quando terminou a 1,8059 real. Tal qual na véspera - quando o dólar caiu 2,01%, maior baixa diária em dois meses -, profissionais do mercado atribuíram a queda na cotação às expectativas de mais ingressos de recursos ao país, depois de o Brasil voltar a emitir títulos soberanos com êxito. A operação serve de referência para emissões de empresas, como a Vale, que anunciou nesta quarta-feira a intenção de emitir bônus com vencimento em 2022. "Se o mercado acha que vai entrar mais dólares, acaba se adiantando e vende (a moeda) a um preço melhor. Por isso a queda hoje", afirmou o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado. Investidores acreditam que, caso a situação na Europa não se deteriore, o Brasil voltará a atrair volumosas quantias de capital neste ano, depois de em 2011 o país ter registrado o segundo maior ingresso líquido de dólares da história, atrás apenas do de 2007, segundo dados do Banco Central (BC). Após bater a mínima da sessão de 1,8206 real durante a tarde, a taxa de câmbio chegou a praticamente zerar a queda. Segundo o operador de câmbio de uma corretora paulista, que preferiu não ser identificado, o movimento decorreu de fatores técnicos, com pontos de "stop loss" em torno daquele nível. "Mas foi algo rápido, logo depois o dólar voltou a cair", afirmou. No início da sessão, o mercado havia notado uma entrada pontual de recursos também. Segundo o operador de câmbio de um grande banco nacional, que preferiu não ser identificado, não foi possível identificar o tamanho dessa operaçoes, mas foi suficiente para mexer nas cotações porque "pegou o mercado de calças curtas."

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