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O dólar fechou em queda ante o real nesta segunda-feira (15) com melhora do humor no cenário externo diante de dados superiores ao esperado nos Estados Unidos e expectativas de que a Espanha esteja próxima de pedir um resgate financeiro.

A moeda norte-americana recuou 0,26%, a R$ 2,0355 reais na venda. Durante a sessão, a moeda oscilou entre R$ 2,0309 reais e R$ 2,0410. O volume estava em 1,662 bilhão de dólares.

A divisa, no entanto, continua mostrando variações limitadas pela constante vigilância do Banco Central no mercado de câmbio. Há expectativa de que o BC possa voltar a atuar caso o dólar volte a se aproximar do patamar de 2,0 reais.

"O dólar está colado nas bolsas lá fora e não há notícias ruins que possam elevar a moeda. Os mercados no exterior tiveram alta devido a indicadores que vieram bons ou em linha hoje", avaliou o operador da Interbolsa do Brasil Corretora Ovídio Soares.

O operador fazia referência, entre outros indicadores, aos dados de vendas no varejo nos Estados Unidos, que se destacaram com alta de 1,1 por cento em agosto. O número ficou acima do esperado pelo mercado e ajudou nas altas dos principais índices acionários no exterior.

Na Europa, por sua vez, a Espanha esteva sob o holofote dos investidores, com notícias do fim de semana alimentando esperanças de que o país pedirá um resgate internacional em novembro, o que abriria espaço para o Banco Central Europeu (BCE) ativar seu programa de compra de títulos.

Também no fim de semana, dados mostraram que as exportações da China cresceram quase duas vezes acima da taxa esperada em setembro, ao passo em que as importações voltaram a mostrar expansão.

Com isso, moedas de outros países ligados a commodities, como o Brasil, também se valorizaram ante o dólar.

O dólar neozelandês, por exemplo, subia 0,37 por cento ante a divisa norte-americana, às 17h30 (horário de Brasília). Enquanto isso, o dólar dos EUA seguia em torno da estabilidade ante uma cesta de divisas.

O operador Ovídio Soares destacou ainda não estar vendo motivos no exterior para o dólar subir com mais força, além de o mercado brasileiro ainda permanecer com receio da atuação da autoridade monetária.

Para Soares, o BC só deve voltar a atuar comprando dólares, no entanto, com a moeda em torno de 2,02 reais e ameaçando voltar para o piso informal de 2,0 reais.

"Ainda é cedo para o BC entrar no mercado. Acredito que o dólar teria de continuar a cair próximo de 2,020 e 2,025 reais", completou.

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