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A semana começou tranqüila no mercado financeiro, bem diferente da segunda-feira passada, quando havia a perspectiva de mudança no comando do Ministério da Fazenda. O dólar comercial fechou a primeira etapa em queda de 0,79%, a R$ 2,146 na compra e R$ 2,148 na venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou o bom humor de Wall Street e registrava às 13h alta de 1,98%, para 38.702 pontos.

- A semana começa com os investidores de olho no mercado americano. O dólar deve cair por conta do fluxo positivo e só não ficará abaixo de R$ 2,13 porque há preocupação com a alta dos juros nos Estados Unidos e a elevação do preço do petróleo - disse Miriam Tavares, diretora da Corretora AGK.

A moeda abriu em alta e inverteu logo depois, permanecendo no campo negativo mesmo depois que o Banco Central realizou das 12h06m às 12h16m um leilão de compra de dólares no mercado à vista. O leilão, que normalmente ocorria no período da tarde, depois das 15h, foi suspenso na semana passada. Nesta segunda-feira, não está previsto o leilão de swap cambial reverso, que não ocorre desde o dia 8 de março.

Os investidores começaram a semana de olho nos dados da atividade econômica e da inflação. Nos Estados Unidos, foi apresentado nesta segunda-feira o desempenho de março da atividade manufatureira. No Brasil, saiu a pesquisa Focus, do Banco Central. O mercado reduziu a estimativa para o IPCA de 4,57% para 4,50% ao ano. A previsão para o ano que vem também permaneceu em 4,5%. Já a previsão para a Selic no final de 2006 caiu de 14,25% para 14,13%. O levantamento é feito junto a 100 instituições financeiras.

O indicador de inflação mais aguardado nesta semana, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, será divulgado somente na sexta-feira. Na quinta-feira, sairá o IGP-DI de março. Já foi divulgado nesta manhã o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) de 31 de março de 2006. O índice subiu 0,22%, apenas 0,02 ponto percentual abaixo da taxa divulgada na semana passada, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Os dados servirão de base para o Banco Central definir a taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Também serão divulgados nesta semana dados sobre a atividade no país. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgará na terça-feira os resultados das vendas no varejo de março. As fabricantes apresentarão na quinta os número de produção e vendas no atacado. Com a estabilidade nos preços, que quase não subiram no primeiro trimestre, bem diferente de anos anteriores, as vendas estão crescendo bastante.

Na Bovespa, as principais altas há pouco eram de Embraer ON (5,89%, Light ON (5,43%) e Souza Cruz ON (5,39%). As principais baixas eram de Braskem PNA (2,85%), Tran Paulista PN (1,93%) e Brasil On (0,93%). A Embraer informou na sexta-feira à noite, depois do fechamento do mercado, que custos maiores e valorização do real frente ao dólar tiveram impacto negativo no balanço. A receita líquida da empresa caiu 10,7% em 2005, para R$ 9,133 bilhões.

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