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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) atingiu novo recorde nesta terça-feira. Impulsionado por notícias de empresas e pelo forte volume financeiro, o Ibovespa subiu 1,12% e encerrou aos 41.979 pontos. Foi o 23º fechamento recorde da bolsa neste ano. O dólar comercial caiu 0,53%, comprado a R$ 2,058 e vendido a R$ 2,060.

Apesar da expectativa com a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que vai deliberar amanhã sobre a taxa básica de juros dos Estados Unidos, o mercado brasileiro viveu um dia de muitos negócios. O giro financeiro da Bovespa atingiu R$ 3,443 bilhões, volume bem superior à média. Durante o dia, o Ibovespa superou pela primeira vez a marca de 42 mil pontos, estabelecendo o novo pico de 42.016 pontos.

A maior alta foi das ações preferenciais da Embratel, que subiram 19,35% após o anúncio feito por sua controladora, a mexicana Telmex, de que fará uma oferta para aquirir as ações que ainda não possui da empresa brasileira. O preço fixado foi de R$ 6,95 pelo lote de mil ações, tanto preferenciais como ordinários. Outras altas importantes foram de Telemar ON (+7,23%) e Contax PN (+6,82%).

A seqüência de recordes da bolsa brasileira já começa a preocupar alguns analistas. Embora não arrisque prever um limite para a valorização do Ibovespa, o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, acredita que o índice já está em um nível muito elevado.

- Buscar novos recordes tornou-se mais difícil e até arriscado - comentou.

Dólar

Segundo operadores, o Banco Central não confirmou nesta terça-feira a agressividade que vinha demonstrado nas intervenções dos últimos dias. Pelos cálculos das corretoras, a autoridade monetária gastou cerca de R$ 250 milhões no leilão de compra realizado por volta das 15h40m. O montante é inferior ao verificado nos pregões passados, quando operadores contabilizaram dispêndios de R$ 400 milhões por parte do Banco Central.

Apesar da queda do dólar, o mercado cambial continua cauteloso com a reunião do Fed. Analistas dão como certo um aumento de 0,25 ponto percentual, para 5%, na taxa básica de juros dos Estados Unidos, mas destacam que a importância maior estará no comunicado que será divulgado após o encontro. Caso o Fed sinalize a continuidade do aperto monetário nos Estados Unidos, o fluxo de recursos para países emergentes, como o Brasil, deve sofrer uma pequena queda, repercutindo na Bolsa de Valores e na cotação do dólar.

- Acreditamos que o comunicado vai dizer que as decisões futuras dependerão totalmente dos indicadores e que uma eventual pausa não significa necessariamente o fim do ciclo de apertos, o que deixaria os mercados na mesma indefinição dos últimos meses - comentou a diretora da corretora AGK, Miriam Tavares.

Juros

Os contratos de juros negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em queda. Os Depósitos Interfinanceiros (DIs) com vencimento em janeiro de 2008 caíram 0,27%, projetando taxa anual de 14,66%. Os DIs para janeiro de 2007 recuaram 0,14%, para 14,75%. E os contratos para julho deste ano cederam 0,19%, para 15,37%.

Risco

O risco-país brasileiro, calculado pelo JP Morgan, tinha queda de um ponto às 17h45m, marcando 216 pontos centesimais. O Global 40, principal título da dívida externa brasileira, desvalorizou-se em 0,19%, a 128,13% do valor de face; e o A Bond caiu 0,35%, para 108% do seu preço.

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