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O dólar caiu pela quinta sessão consecutiva nesta segunda-feira, encostando no nível psicológico de 1,700 real, com um cenário de maior apetite por risco no exterior.

A moeda norte-americana terminou a 1,702 real, menor patamar desde 15 de outubro, em baixa de 0,99 por cento. Em novembro, a queda acumulada já alcança 3,08 por cento.

Embora o dólar tenha encerrado o dia acima de 1,700 real, esse nível chegou a ser rompido na roda de dólar à vista da BM&FBovespa. Na mínima, o dólar chegou a ser negociado a 1,6988 real.

"Enquanto o mercado continuar positivo lá fora, aqui a tendência (do dólar) é de queda", disse o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado.

Aplicações consideradas de maior risco se valorizavam em todo o mundo nesta sessão, depois que a reunião do G20 terminou no final de semana sem sinais de que os estímulos contra a crise serão interrompidos. A melhora da perspectiva da China pela agência de classificação de risco Moody's também favoreceu o otimismo em relação aos países emergentes.

Às 16h35, a Bovespa subia mais de 2 por cento, as commodities avançavam 1,6 por cento e a cesta do dólar em relação às principais moedas caía quase 1 por cento.

Após cinco dias seguidos de baixa, porém, há pouco combustível para que o dólar rompa definitivamente o suporte de 1,70 real, segundo alguns analistas.

Para Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, até o volume do mercado diminui com a taxa a esses níveis. "Já caiu muito. Agora, para vender, fica difícil", disse.

Há também expectativa no mercado com possíveis medidas adicionais que o governo poderia tomar para tentar frear a valorização do real.

Em outubro, pouco após o dólar romper brevemente o piso de 1,70 real pela primeira vez em mais de um ano, o governo anunciou a cobrança de IOF sobre a entrada de capital estrangeiro para ações e renda fixa.

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