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Após quatro dias despencando e atingindo os patamares mais baixos desde o início de 2001, o dólar abriu em alta, chegou a R$ 1,9670. No entanto, a atuação mais branda do Banco Central abriu espaço para que a moeda americana fechasse em queda pela quinta sessão consecutiva.

A moeda americana registrou variação negativa de 0,10% e fechou a R$ 1,9520, menor cotação desde 16 de janeiro de 2001.

Outro destaque do dia foi o risco-país que, às 17h22 caía 2,72%, para 143 pontos-base, o que configura um novo patamar histórico, um ponto abaixo do recorde de 144 alcançado em abril. O menor valor histórico do risco-país no fechamento é de 145 pontos, também em abril.

E também um dia após a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ter registrado alta de mais de 2% e batido recorde, o principal índice do mercado paulista fechou em baixa, acompanhando o desempenho dos mercados americanos. O Ibovespa caiu 0,21%, para 51.631 pontos. O volume financeiro era de R$ 3,983 bilhões.

Dólar

A autoridade monetária fez apenas leilão de compra de dólares no mercado à vista e aceitou no máximo 8 propostas, segundo operadores. O Banco Central (BC) pagou R$ 1,9552 por dólar, em operação encerrada às 15h36. A informação consta de comunicado do Departamento de Operações de Reservas Internacionais (Depin) do BC, que não divulga quanto foi comprado.

Na quarta-feira, o BC realizou compras de mais de US$ 1 bilhão nos mercados futuro e à vista e, apesar disso, não conseguiu conter a queda da moeda de 1,46% , para R$ 1,954. A queda foi a maior em um só dia ocorrida nos últimos 11 meses.

Já preocupado com a valorização do real frente ao dólar, o governo anunciou que prepara um pacote para desonerar as empresas prejudicadas pelo câmbio em baixa . Essas empresas são exportadoras que perdem competitividade em preços no exterior ou indústrias, que verão seus produtos perderem mercado para os importados no Brasil.

Nesta quinta-feira, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou ser natural "que a desvalorização do dólar leve algumas empresas que não se adaptaram a morrer" .

Segundo o ministro, as empresas mais ineficientes e que não investiram para se modernizar "têm muito mais dificuldade para sobreviver".

Bernanke

A interpretação dos analistas é de que o discurso do presidente do Banco Central americano (Fed, na sigla em inglês) veio dentro do esperado pelo mercado. Ben Bernanke tentou acalmar os investidores, dizendo que os problemas no crédito imobiliário nos Estados Unidos não afetarão a economia.

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