O dólar fechou em queda nesta quinta-feira influenciado por uma mudança na estratégia dos investidores, apostando numa valorização do real, num dia em que os mercados globais vibraram com as decisões do G20 para combater a crise econômica mundial.
A moeda norte-americana caiu 1,97 por cento, para 2,236 reais - menor patamar de encerramento desde 6 de janeiro.
"O cenário positivo contribui para desmontar o foco de especulação que ainda existe no mercado de dólar futuro", avaliou Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo e economista da NGO Corretora de Câmbio.
Para ele, alguns dados econômicos elevaram a percepção de que a economia brasileira tem se comportado melhor diante da crise financeira, o que possibilita a volta das entradas de dólar no país.
Nehme citou os dados divulgados pelo Banco Central na véspera, que mostraram que o fluxo cambial está negativo em 968 milhões de dólares até o dia 27 de março, uma recuperação já que até o dia 13 o déficit era de 2,186 bilhões de dólares.
Segundo os dados mais atualizados da BM&F, a posição comprada de investidores estrangeiros no mercado futuro de dólar caiu para cerca de 8,1 bilhões de dólares. Na máxima de março, esse valor chegou a 14,3 bilhões de dólares.
Os líderes do G20 chegaram a um acordo de 1,1 trilhão de dólares para combater a crise econômica global e discutiram regras para evitar que mais episódios desse tipo surjam.
As bolsas de valores reagiram com euforia ao anúncio das medidas. Nos Estados Unidos, no momento do fechamento das operações de câmbio, os principais índices acionários subiam perto de 3 por cento, enquanto a Bovespa disparava mais de 4 por cento.
De acordo com os dados mais atualizados da BM&F, o volume de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 3,5 bilhões de dólares.
Frente a uma cesta com as principais moedas, o dólar tinha desvalorização de mais de 1 por cento.
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