• Carregando...

O dólar comercial acentuou a queda no início desta tarde e às 12h47min recuava 0,71%, negociado a R$ 2,088 para compra e R$ 2,090 para venda. É a menor cotação desde 20 de março de 2000, quando a moeda americana foi cotada a R$ 2,0830 para compra.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que opera em alta desde a abertura do pregão, intensificou a valorização e, no mesmo horário, avançava 1%, para 40.149 pontos.

Segundo analistas, a perspectiva de pausa no ciclo de aumento dos juros básicos nos Estados Unidos - indicada ontem pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke - reforçou a tendência de queda do dólar.

- Isso melhora as posições para países emergentes, especialmente para o Brasil, onde as taxas de juros continuam altas - afirmou o diretor-executivo da corretora NGO, Sidnei Moura Nehme.

Segundo Nehme, o cenário brasileiro continua positivo e os últimos dados de inflação e contas públicas reafirmaram essa avaliação. A ata da última reunião do Copom, divulgada ontem, sugere "maior parcimônia" na trajetória de queda dos juros básicos. Mas isso, na opinião de Nehme, não significa que o Banco Central vá optar por um corte menor da taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 30 e 31 de maio.

- Parcimônia a gente já está tendo - comentou o diretor da NGO, lembrando que, nas últimas reuniões, o BC tinha condições objetivas para reduzir a Selic em 1 ponto percentual e diminuiu em apenas 0,75 ponto.

A moeda americana também está sendo pressionada nesta sexta-feira pela formação da Ptax (taxa média) do mês, que leva muitos investidores a tentar reduzir a cotação.

"Acreditamos que o dólar deve oscilar em torno dos R$ 2,10 nos próximos dias, um pouco abaixo ou um pouco acima de acordo com o fluxo de moeda e com o comportamento dos ativos externos", afirmou a diretora de câmbio da corretora NGK, Miriam Tavares, em relatório divulgado nesta manhã.

Segundo Tommy Taterka, operador da corretora Concórdia, a alta da bolsa paulista também reflete o ajuste dos investidores à nova carteira teórica do Ibovespa, que começa a vigorar na segunda-feira e aumenta a participação de empresas como Telemar e Petrobras. Além disso, o mercado brasileiro repercute a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que avançou 4,8% no primeiro trimestre sem pressões inflacionárias relevantes.

Às 12h48min, o volume financeiro da Bovespa atingiu R$ 833 milhões. As maiores altas eram de Souza Cruz ON (+4,64%), Contax PN (+4,27%) e Brasil Telecom Participações ON (+2,67%). Já a lista das maiores quedas era liderada ´pr Telemig Participações PN (-5,48%), Copel PNB (-1,18%) e TIM Participações S.A. PN (-2,08%).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]