São Paulo O dólar comercial fechou a semana cotado a R$ 1,96 para venda, com acréscimo de 0,4%, nos últimos negócios de ontem. A moeda norte-americana completou uma semana de valorização nesta sexta-feira, em linha com o movimento de correções que atingiu os mercados globais nos últimos dias por preocupações com inflação e juros no mundo. Em quatro sessões já que quinta-feira foi feriado no Brasil o dólar acumulou valorização de 3,05%.
Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 1,982. Ao longo do dia, porém, a melhora nas bolsas de valores norte-americanas e na Bolsa de Valores de São Paulo ajudou a amenizar o avanço do dólar.
Apesar do resultado positivo, o gerente operacional da Renova Corretora, Cristiano Zanuzo, diz que a expectativa do mercado era de uma alta maior. "Nas primeiras operações a moeda esteve acima de R$ 1,97 e a Bovespa registrava queda. No entanto, no período da tarde houve uma reversão por conta de indicadores dos Estados Unidos", explica.
Ontem, o Departamento de Comércio norte-americano divulgou que o déficit no comércio exterior de bens e serviços dos Estados Unidos caiu 6,2% em abril e ficou em US$ 58,5 bilhões. Segundo Zanuzo, o Banco Central (BC) tentou intervir para manter a cotação elevada, mas a tendência de alta na Bolsa de São Paulo derrubou as cotações.
O BC pagou R$ 1,9616 por dólar em leilão de compra no mercado à vista de câmbio, em operação encerrada às 15h38. A informação foi anunciada em um comunicado do Departamento de Operações de Reservas Internacionais (Depin) do BC, que não divulgou o valor da compra.
Risco-país
Já a taxa de risco-país, medida pelo índice Embi+, do banco J.P. Morgan, fechou estável em 146 pontos. O Embi (sigla em inglês para Índice de Títulos da Dívida de Mercados Emergentes) mede a diferença entre os juros pagos pelos títulos públicos dos países emergentes e os bônus emitidos pelo governo dos Estados Unidos, considerados os mais seguros do mercado. Quanto menor o patamar, mais confiável a economia.
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