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Dólar-nota
Notas de dólar.| Foto: Pixabay

O dólar comercial fechou em alta de 0,072% nesta segunda-feira (20). A venda de swaps cambiais e a realização de um leilão extra Banco Central tiveram pouco efeito e a moeda norte-americana, que chegou a bater os R$ 4,12 pela manhã, chegou a pré-fechamento do mercado em R$ 4,105. Já a Bolsa recuperou parte das perdas sofridas na semana anterior – a pior semana do ano para o mercado financeiro – e o viu o Ibovespa subir 2,17%, a 91.946 pontos.

O BC rolou um total de US$ 3,2 milhões em swaps. Já a primeira venda extra do BC para tentar frear a alta do dólar, chamada de leilão A, teve início às 12h15, com término às 12h20, arrematando US$ 251 milhões. A segunda venda, leilão B, aconteceu das 12h30 às 12h35 e arrematou US$ 999 milhões. O valor segue o limite estipulado previamente de venda de US$ 1,25 bilhão por dia. Na terça (21) e na quarta (22) estão programados novas vendas com compromisso de recompra como forma de combater a valorização do dólar diante do real.

Swap (do inglês “troca”) é um tipo de derivativo financeiro que promove, ao mesmo tempo, a troca de taxas ou rentabilidade de ativos financeiros entre duas partes. No caso do swap cambial, é firmado um contrato de compra e venda de moeda no mercado futuro por um valor fixado no ato da compra. As oscilações do câmbio serão cobertas pelas partes: caso o dólar se valorize ainda mais, é o Banco Central quem paga a diferença ao investidor; se, por outro lado, o real sobe, é o comprador quem paga. Atualmente, o estoque do BC para essas operações é de US$ 68,8 bilhões.

O movimento de alta da moeda, no entanto, ocasionado pela aposta de investidores de que o dólar continuará a se valorizar nas próximas semanas, deve continuar. A avaliação dos analistas é de que os investidores estão buscando proteção em um cenário em que a guerra comercial entre Estados Unidos e China ainda está longe de um fim.

No caso da Bolsa, houve uma compensação de parte das perdas principalmente porque os investidores voltaram à posição de compra, apostando em ações que tinham se desvalorizado nos últimos dias. Segundo os analistas, também pesou positivamente o fato de o governo federal e o Legislativo terem demonstrado algum esforço para fazer a reforma da Previdência voltar a caminhar em Brasília.

Entre os destaques negativos, a liderança ficou com a Vale, que, desde que divulgou o risco de rompimento de mais uma barragem em Barão dos Cocais (MG), tem visto suas ações se desvalorizar. Nesta segunda (20), a queda dos papeis foi de -2,03%, com cada um cotado a R$ 46,75.

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