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O dólar comercial não sustentou a baixa verificada pela manhã e encerrou valorizado frente ao real nesta terça-feira (25), influenciado pela perda de fôlego nas principais praças acionárias e a baixa nos preços do petróleo. Também houve fluxo de saída de recursos do país ao longo do dia.

No fechamento, o dólar subiu 0,65%, para R$ 1,857 na venda. Em agosto, a moeda dos Estados Unidos praticamente zerou as perdas, mas ainda registra depreciação de 0,54%.

"Houve um crescimento da aversão a risco à tarde. (Preços do) petróleo caindo, bolsa aqui em queda. Isso provocou a alta do dólar hoje", disse o operador de câmbio do Banco Alfa de Investimento João Eduardo Santiago.

Dados sobre os EUA

Pela manhã, números positivos sobre a confiança do consumidor e o setor imobiliário dos Estados Unidos, combinados com a nomeação de Ben Bernanke para um segundo mandato como chairman do Federal Reserve, endossaram o apetite por risco e sustentaram a queda nas cotações.

Segundo profissionais da área de câmbio, a redução nas exposições de investidores estrangeiros no mercado acionário local levou a uma maior demanda por dólares, ajudando a elevar o preço da moeda na cena doméstica. O operador da tesouraria de um banco em São Paulo também notou um importante instituição financeira atuando na compra no segmento futuro.

No exterior, o dólar praticamente anulava a queda ante uma cesta com as seis principais divisas globais. A empresa de consultoria em futuros e commodities FCStone do Brasil ressaltou, em relatório, que a correlação do movimento interno do dólar com o comportamento da divisa no mercado cambial externo, desde julho, supera 88%.

Commodities

A queda dos preços das commodities, em especial os do petróleo, que cederam 3,1% no fechamento em Nova York, também ajudou a fortalecer o dólar. Nesse contexto de maior cautela, o risco Brasil, que avalia a confiança dos investidores estrangeiros no país, subia 10 pontos, a 264 pontos, no encerramento dos negócios no mercado cambial doméstico.

Santiago, do Banco Alfa de Investimento, citou ainda que no cenário de maior aversão e menor liquidez visto nesta tarde, o leilão de compra do Banco Central pode ter influenciado as cotações. O BC definiu como taxa de corte na operação realizada nesta sessão o valor de R$ 1,8528.

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