O dólar fechou em queda diante do real nesta quinta-feira (2), pressionado pela perspectiva da entrada de grande volume de moeda estrangeira no país, por meio das emissões de bônus de empresas brasileiras no mercado internacional, principalmente a venda de 7 bilhões de dólares em bônus da Petrobras.
A divisa norte-americana caiu 0,70%, para 1,7218 real na venda. É a menor cotação de encerramento desde desde 31 de outubro, quando o dólar fechou a 1,7026 real.
A queda do dólar já faz o mercado trabalhar com a expectativa de uma intervenção do Banco Central no câmbio, por meio de leilões de compra da moeda ou de operações de swap cambial.
"O BC já sinalizou que o piso da cotação é 1,70 e o volume de reservas do país é muito grande", observou o operador de câmbio da corretora Hencorp Comcorp Guilherme Mônaco.
A Petrobras confirmou na quarta-feira a emissão de 7 bilhões de dólares em bônus no exterior com diferentes vencimentos, na maior oferta de dívida já feita por uma empresa brasileira. A demanda chegou a cerca de 27 bilhões de dólares.
"Com certeza, esse é o principal fator para a queda do dólar hoje", disse o operador de uma corretora paulista, que prefere não se identificar. "Esse dinheiro deve entrar até o dia 6 e o pessoal já está se antecipando", afirmou.
De acordo com esse operador, a emissão da Petrobras fez o dólar no mercado interno se descolar da tendência no exterior.
Em relação a uma cesta de moedas o dólar subia pouco, cerca de 0,05%. "O real foi uma das moedas que mais se valorizou diante do dólar hoje", afirmou Mônaco.
Ele lembrou que a entrada de recursos estrangeiros no país tem sido forte desde o começo do ano e hoje, além do anúncio da operação da Petrobras, ganhou também a ajuda do bom humor dos mercados internacionais, estimulados pelos indicadores econômicos dos Estados Unidos.
Os pedidos iniciais para auxílio-desemprego nos EUA recuaram em 12 mil, para um número com ajuste sazonal de 367 mil, abaixo das expectativas dos analistas consultados pela Reuters, que esperavam 375 mil pedidos na última semana.
Por outro lado, a produtividade do país veio ligeiramente abaixo das previsões. O crescimento da produtividade fora do setor agrícola desacelerou no quarto trimestre de 2011 para uma taxa anual de 0,7%. Analistas esperavam crescimento de 0,8%.
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