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Ao final de uma semana de apenas três dias úteis, o dólar acumulou queda de 1,26% e renovou o piso do ano. A moeda americana fechou a sexta-feira com baixa de 0,05% em relação à quinta-feira, valendo R$ 2,110 na compra e R$ 2,112 na venda. É a menor cotação desde 20 de março de 2001.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) alternou tendências ao longo do dia, mas terminou a sexta-feira com alta de 0,29% e novo recorde de 39.240 pontos. Na semana, a valorização foi de 1,63%. Os negócios totais na bolsa somaram R$ 2,051 bilhões.

DÓLAR - Boa parte da queda do dólar nesta semana de carnaval se deve à decisão da agência Standard & Poor's de elevar a classificação de risco do Brasil. Os títulos da dívida externa nacional bateram recordes e o risco-país nacional atingiu novo piso histórico, operando abaixo dos 220 pontos centesimais.

A decisão da Standard & Poor´s foi tomada na terça-feira de carnaval, quando o mercado brasileiro ainda estava fechado. Na quarta-feira, em um pregão de negócios reduzidos, o dólar caiu 1,08%. A melhora da classificação de risco do país significa maior facilidade de crédito externo, o que sugere novas baixas do dólar. Nos últimos dias, no entanto, a cotação tem apresentado resistência ao piso psicológico dos R$ 2,110.

Nesta sexta-feira, a instabilidade do cenário externo levou o dólar a registrar alta de até 0,38% pela manhã. Especulações sobre a política cambial na China e os juros nos Estados Unidos estiveram entre os motivos do estresse, que pressionou os juros dos títulos americanos. A alta do petróleo e a cautela com resultados corporativos também contribuíram.

O Banco Central marcou presença com seus habituais leilões para compra de dólares nos mercados futuro e à vista. No primeiro caso, a instituição vendeu contratos de swap reverso equivalentes a US$ 213 milhões. À tarde, comprou dólares no mercado à vista.

Bolsa

A agenda econômica interna não teve nenhum indicador relevante. Com isso, a Bovespa chegou a cair 1,05%, contaminada pelo mau humor do mercado americano diante de incertezas do cenário local. A leve melhora das bolsas em Nova York favoreceu a recuperação da bolsa brasileira no período da tarde.

- O dia foi fraco em termos de notícias, o que levou o mercado brasileiro a operar muito atrelado às bolsas de Nova York. Mas o cenário interno permanece positivo e os investidores agora esperam a decisão sobre os juros - disse Luiz Roberto Monteiro, consultor de investimentos da corretora Souza Barros.

Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, as maiores altas foram de Light ON (+5,76%) e Celesc PNB (+5,71%). As quedas mais significativas do índice ficaram com Cesp PN (-2,66%) e Sadia PN (-2,34%).

Os investidores estrangeiros tiraram da Bovespa o equivalente a R$ 561,621 milhões em fevereiro. Mesmo assim, as aplicações realizadas por investidores estrangeiros continuaram a liderar a movimentação financeira mensal da Bovespa. Em fevereiro, a participação dos estrangeiros atingiu 36,17% do volume total, ante 35,13% de janeiro.

A bolsa paulista voltou a registrar as maiores médias diárias de negócios desde o início do Plano Real. Em fevereiro, foram movimentados R$ 2,7 bilhões, em 89.088 negócios diários. Em janeiro, os negócios movimentaram R$ 2,2 bilhões (+22,7%) em 77.640 negócios. O volume total movimentado em fevereiro foi de R$ 48,3 bilhões, contra R$ 46,3 bilhões em janeiro.

Juros

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em leve baixa, com os investidores já se preparando para a definição da taxa Selic, na semana que vem. A maioria das apostas é de um corte conservador, de 0,75 ponto percentual na taxa básica. Os analistas, no entanto, vêem espaço para um corte maior, de 1 ponto.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril fechou com taxa de 15,58% ao ano, contra 15,61% do fechamento de quinta-feira. A taxa de outubro recuou de 15,48% para 15,45% anuais. O DI de janeiro de 2007 encerrou o dia com taxa de 15,19% anuais, frente aos 15,23% anteriores. A taxa Selic é hoje de 17,25% ao ano.

Risco

O EMBI+ Brasil, indicador do JP Morgan que mede o risco-país brasileiro, chegou ao final da tarde em 219 pontos centesimais nesta sexta-feira, em alta de 2 pontos no dia. O EMBI+ é medido apenas para países emergentes e indica o grau de confiança dos investidores estrangeiros em uma determinada economia. Na Argentina, o EMBI+ ficou estável em 344 pontos centesimais.

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