O dólar ficou perto da estabilidade nesta quinta-feira, em uma sessão com volume reduzido e poucas oscilações a despeito da forte queda do euro após a reunião do Banco Central Europeu.
A moeda teve variação positiva de 0,12 por cento, para 1,670 real. O volume negociado no vencimento mais curto do mercado futuro, onde está a maior liquidez do câmbio no Brasil, somava menos de 200 mil contratos às 16h30.
"O volume está muito fraco", disse o operador de uma corretora em São Paulo, que atribuiu a ausência de volatilidade à intervenção do Banco Central. "Ninguém tem segurança de abrir posição em nenhum lado nesses níveis com o BC em cima assim."
"O que fazer? Abrir posição de venda apostando que o BC vai deixar o mercado se ajustar, mais leve, ou abrir compra e apostar que o BC vai pressionar essa compra e botar (o dólar) acima do 1,700?", questionou o operador.
A autoridade monetária tem comprado dólares no mercado à vista, a termo e futuro para frear a valorização do real. A ampla intervenção tem enxugado boa parte dos capitais que vêm ao Brasil atraídos pelo juro relativamente alto do país e pelas ofertas de ações e títulos de dívida de empresas locais.
Nesta sessão, a atuação do governo se resumiu a dois leilões de compra no mercado à vista, com taxas de corte a 1,6698 e 1,6695 real.
No exterior, o mercado assistiu à queda de mais de 1 por cento do euro, que vinha sendo cotado nos maiores níveis em 12 semanas. A partir de declarações do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, os investidores julgaram que o início de um ciclo de alta de juros na região ainda está longe, apesar do aumento dos preços de alimentos em todo o mundo.
Na sexta-feira, a agenda se resume aos dados do governo norte-americano sobre a geração de emprego em janeiro. O relatório será publicado às 11h30 (horário de Brasília).
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