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O dólar comercial retomou a trajetória de queda no primeiro pregão do mês de junho, depois de acumular forte baixa em maio. A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,86% nesta segunda-feira (1º), valendo R$ 1,953 para a venda.

Com o resultado deste primeiro pregão de junho, a baixa acumulada da moeda americana frente ao real no ano de 2009 subiu para 16,29%. A divisa terminou o ano passado valendo R$ 2,333 no mercado brasileiro.

Mais uma vez, a entrada de recursos externos na economia brasileira influenciou o resultado. A aplicação de recursos na Bovespa, até o dia 27 de maio, somou R$ 5,6 bilhões no mês passado.

A entrada de dólares tem ocorrido também pelo segmento comercial. Segundo números do Ministério do Desenvolvimento, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,6 bilhões em maio, aumentando o saldo acumulado no ano para US$ 9,3 bilhões.

O Banco Central realizou nesta tarde mais um leilão de compra de dólares no mercado à vista por volta das 15h30. Desde 8 de maio, o BC tem feito esse tipo de operação em todas as sessões regulares.

Mercados

Os mercados financeiros operam em alta nesta primeiro pregão de junho. Nos EUA, os mercados sobem depois que a montadora General Motors recorreu à Lei de Falências norte-americana para reestruturar suas atividades.

Outro fator importante ocorrido no mercado norte-americano nesta segunda-feira foi a saída da General Motors e do grupo financeiro Citigroup do índice Dow Jones, referência para o mercado de Nova York. As duas empresas serão substituídas, no próximo dia 8, pela Cisco Systems e pela seguradora Travelers.

"O cenário lá fora está tranquilo. As bolsas (de valores) estão subindo, inclusive a Bovespa, e isso é um indicativo de fluxo para o país", avaliou Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper.

As bolsas europeias fecharam com forte alta nesta segunda-feira. O FTSE-100, de Londres, encerrou com ganho de 2%, para 4.506 pontos. Em Frankfurt, o DAX fechou aos 5.142 pontos, com valorização de 4,08%. O CAC 40, de Paris, avançou 3,11% para 3.379 pontos.

As bolsas da Ásia também fecharam em alta depois de boas notícias sobre a economia da China. Somente a bolsa de Xangai subiu mais de 3% no dia.

Tendência

Para o operador da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Forgione, a tendência de queda do dólar ante o real deve permanecer neste mês, principalmente lastreada pelo ingresso de recursos na Bovespa.

Entretanto, Forgione pondera que "ainda estamos num momento de crise e não devemos nos iludir com esses momentos de melhora no cenário (econômico)".

Na sexta-feira (29), último pregão de maio, o dólar fechou com queda de 1,94%, cotado a R$ 1,97 para a venda. Esta foi a primeira vez que a moeda americana fechou abaixo do patamar de R$ 2 em oito meses.

A queda acumulada no mês passado foi de 9,67%, a maior mensal desde abril de 2003, quando a moeda teve desvalorização de 13%.

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