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Dados fracos sobre o emprego nos EUA alimentaram expectativa de que a alta nos juros do país deve ser adiada | Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
Dados fracos sobre o emprego nos EUA alimentaram expectativa de que a alta nos juros do país deve ser adiada| Foto: Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

O dólar fechou com baixa mais de 1% sobre o real nesta sexta-feira (2) e interrompeu seis semanas consecutivas de alta, com dados fracos sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos alimentando expectativas de que os juros norte-americanos sejam elevados só em 2016.

O dólar recuou 1,42%, a R$ 3,9457 na venda. Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 0,75%, após avançar 14,14% nas seis semanas anteriores.

“(O dado sobre o emprego nos EUA) serviu como catalisador da retomada de confiança dos investidores ao redor do globo hoje”, disse o operador da Correparti Ricardo Gomes da Silva Filho.

O setor privado norte-americano, excluindo o setor agrícola, criou 142 mil postos de trabalho no mês passado, enquanto os dados para agosto foram revisados para mostrar ganho de apenas 136 mil vagas. Foi o menor avanço em dois meses em mais de um ano, alimentando temores de que a desaceleração do crescimento econômico global, influenciada pela China, esteja enfraquecendo os EUA.

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A perspectiva de que a fraqueza econômica nos EUA possa levar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a aumentar os juros somente em 2016 fazia o dólar recuar contra uma cesta de divisas formada por moedas de países desenvolvidos.

Em mercados emergentes, a moeda norte-americana registrou volatilidade, uma vez que os números de emprego sugerem fraqueza na maior economia do mundo. “O problema é a economia (dos EUA). Economia fraca é ruim para mercados emergentes”, disse pela manhã o economista da 4Cast Pedro Tuesta. “Onde você vai vender seus produtos? E se não conseguir vender, como vai conseguir crescer?”

O movimento de queda do dólar se firmou na parte da tarde, na medida em que predominou a perspectiva de que a política monetária nos EUA continuará frouxa, o que sustenta a atratividade de ativos desses países.

Impasse político

No Brasil, as incertezas políticas e econômicas, em meio a intensos atritos entre o Palácio do Planalto e o Congresso que vêm dificultando o reequilíbrio das contas públicas, contribuíram para deixar o mercado sensível.

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta manhã a redução do total de Ministérios em oito pastas, como parte de uma reforma administrativa e ministerial visando a gerar economias e estabilizar o quadro político.

O Banco Central deu continuidade nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Até agora, a autoridade monetária já rolou US$ 1,021 bilhão, ou cerca de 10% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

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