Dólar repercute cenário positivo e fecha em queda de 1,08%

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O dólar caiu mais 1,08% e começou o mês de março com um novo piso no ano. A moeda americana fechou valendo R$ 2,114 na compra e R$ 2,116 na venda, menor valor desde 20 de março de 2001. Devido ao feriado de carnaval, o "meio-feriado" da quarta-feira de cinzas foi de negócios bastante reduzidos. Perto das 17 horas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 1,37%, com 39.139 pontos, e também indicava um novo recorde.

Mesmo depois de quatro dias sem operar, o mercado retomou os negócios em clima bastante positivo. A decisão da agência Standard & Poor's de elevar a classificação de risco brasileira, na terça-feira, teve impacto imediato nos títulos da dívida externa nacionais, que operam com cotações recordes. O risco-país brasileiro, em conseqüência, atingiu a mínima histórica de 214 pontos centesimais.

A melhora do rating brasileiro reconhece a melhora do Brasil em quesitos como a dívida externa e a menor chance de insolvência. Também significa que o país tende a obter financiamento em condições mais vantajosas.

- A tendência era mesmo de queda, principalmente diante da alta dos títulos da dívida e da queda do risco-país. O dólar só não caiu mais porque o mercado foi muito pequeno nessa quarta-feira de cinzas - disse José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação.

Devido à restrição de horário do mercado, o Banco Central não realizou o já tradicional leilão de contratos de swap reverso, operação que equivale a uma compra de dólares futuros. Mas o BC voltou a comprar dólares no mercado à vista, diretamente dos bancos. A instituição comprou os recursos por R$ 2,118 e viu o dólar ceder um pouco mais depois do leilão.

As projeções dos juros negociadas no mercado futuro fecharam em baixa generalizada. Em um dia atípico, por conta do feriado, o destaque do dia para o mercado futuro foi o boletim Focus, do Banco Central. Entre outros pontos, o documento trouxe como novidade a redução de 4,64% para 4,59% a previsão dos analistas para a inflação deste ano. Com isso, as projeções dos juros cederam mais.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril fechou com taxa de 16,65% ao ano, contra 16,67% do fechamento de sexta-feira. O DI de janeiro de 2007 teve a taxa reduzida de 15,34% para 15,27% anuais. A taxa de abril de 2007 caiu de 15,16% para 15,08% anuais. A taxa Selic é hoje de 17,25% ao ano.