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O dólar fechou esta segunda-feira (25) com leve alta frente ao real, pressionado pelo pessimismo dos mercados financeiros sobre a situação do Chipre, mas ainda sob a vigilância do Banco Central, que bloqueava valorizações mais bruscas. O dólar subiu 0,05%, cotado a R$ 2,0120 na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2,4 bilhões. "O mercado está oscilando na esteira dessas informações vindas da Europa, e está um pouco reticente em relação ao Chipre", afirmou o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno.

O Chipre chegou a um acordo de última hora na noite do domingo para fechar o segundo maior banco do país e causar grandes perdas a depositantes não assegurados, incluindo russos ricos, em troca de um resgate de 10 bilhões de euros.

A notícia alimentou o apetite por risco nos mercados internacionais perto da abertura dos negócios e o dólar chegou a cair 0,50 por cento, registrando 2,0010 real na mínima do dia. No entanto, o otimismo logo perdeu força e investidores voltaram a comprar dólares. O presidente do Eurogroup, Jeroen Dijsselbloem, disse que o programa de ajuda financeira para o Chipre representa um novo modelo para a solução de problemas bancários da zona do euro e outros países podem ter de restruturar seus setores bancários.

Às 17h25 (horário de Brasília), o euro perdia 1 por cento frente ao dólar, enquanto a moeda dos Estados Unidos subia 0,44 por cento ante uma cesta de divisas. Investidores relutavam em promover grandes movimentações do dólar frente ao real, no entanto, diante da perspectiva de que o BC possa atuar para puxar as cotações da moeda norte-americana de volta para a banda informal de 1,95 a 2 reais. Boa parte do mercado acredita que o governo quer o real mais valorizado para reduzir pressões inflacionárias.

"Com a moeda caindo mais, teria mais força para conter a inflação", afirmou o gerente de análise da XP Investimentos, Caio Sasaki.

O dólar está acima de 2 reais desde a última quinta-feira e a autoridade monetária ainda não deu sinais de intervenção. No entanto, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou na sexta-feira que a instituição está sempre pronta para entrar no mercado.

Analistas afirmavam que a autoridade monetária atuará apenas se o dólar testar patamares ainda mais elevados, embora a tendência seja de movimentações reduzidas.

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