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Mais cedo, a queda do dólar veio após o banco central da China cortar as taxas de juros e, ao mesmo tempo, afrouxar as taxas de compulsório pela segunda vez em dois meses | Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
Mais cedo, a queda do dólar veio após o banco central da China cortar as taxas de juros e, ao mesmo tempo, afrouxar as taxas de compulsório pela segunda vez em dois meses| Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

O dólar subiu mais de 1,5% frente ao real nesta terça-feira (25), pela terceira sessão seguida, indo para o patamar de R$ 3,60 pela primeira vez em 12 anos e meio, com o cenário político local conturbado ofuscando o alívio causado após o anúncio de medidas para impulsionar a economia na China.

A moeda norte-americana avançou 1,57%, a R$ 3,6084 na venda, máxima de fechamento desde 27 de fevereiro de 2003 (R$ 3,662). Em três sessões, o dólar acumulou alta de 4,30%.

“Tivemos um alívio mais cedo com a China, mas o cenário interno pesou. Ainda tem incertezas no lado político e isso está afetando o mercado”, disse diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Na mínima do dia, a divisa recuou 1,10%, a R$ 5,5135, reagindo ao anúncio de medidas de apoio à economia da China.

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Cenário político

Na segunda-feira, o vice-presidente da República, Michel Temer, deixou o “dia a dia” da articulação política do governo, que vem enfrentando atritos com o Congresso e, em especial, com integrantes de seu partido, o PMDB. Nesta terça-feira, contudo, Temer afirmou que seguirá na coordenação, mas “formatada de outra maneira” e declarou que qualquer hipótese de impeachment da presidente Dilma Rousseff é “impensável”.

“O mercado estressou bastante, de uma hora para a outra. Mesmo com essa melhora da China, a sensação é que as coisas estão muito ruins, principalmente em relação à política (no Brasil)”, disse o operador de uma corretora nacional.

Na reta final do pregão, o dólar ampliou ainda mais a alta, com os mercados externos também perdendo ímpeto. “Já vinha ruim aqui e o mercado (acionário) dos Estados Unidos virou no fim do dia, azedando ainda mais o humor por aqui”, disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.

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China

Mais cedo, a queda do dólar veio após o banco central da China cortar as taxas de juros e, ao mesmo tempo, afrouxar as taxas de compulsório pela segunda vez em dois meses. O anúncio veio após as bolsas chinesas despencarem mais de 8% na segunda-feira e mais de 7% nesta sessão.

“O resultado é que quando tem notícia boa, o dólar cai um pouco, mas quanto tem notícia ruim, (o dólar) dispara”, disse o operador de uma corretora internacional.

Swaps

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês.

Ao todo, o BC já rolou US$ 8,093 bilhões, ou cerca de 81%, do total de US$ 10,027 bilhões e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.

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