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O dólar fechou em alta de quase 2 por cento ante o real nesta terça-feira, seguindo o nervosismo dos mercados externos por dúvidas sobre a eficácia do pacote de estímulo econômico dos Estados Unidos e o alcance da crise econômica mundial.

A moeda norte-americana avançou 1,97 por cento, para 2,325 reais para venda, na cotação máxima da sessão. É a maior alta diária do dólar em uma semana.

"O mercado lá fora está muito deprimido, a Europa está muito deprimida e os Estados Unidos também. Essa crise está cada vez mais saindo do controle", avaliou Mario Paiva, analista de câmbio da Corretora Liquidez.

As bolsas de valores europeias caíram para o menor nível de fechamento em três semanas, com a desvalorização de ações de bancos por preocupações com novas perdas causadas pela crise global e o impacto da recessão em países emergentes do continente.

Nos Estados Unidos, os principais índices acionários derretiam, por temores de que a recessão esteja piorando e que as medidas propostas pelo governo de Barack Obama para estabilizar o enfraquecido sistema financeira não sejam suficientes.

As bolsas de Nova York caíam em torno de 3 por cento no momento em que as operações no mercado de câmbio brasileiros fecharam. Enquanto isso, o principal índice da Bovespa caía em torno de 4 por cento.

"O pacote tem suas limitações. Ele não é uma solução imediata, mas sim um conjunto de soluções que vai demorar um tempo para surtir efeito", ponderou Paiva. "É uma crise sem precedentes."

Segundo os dados mais atualizados da BM&F, o volume de negócios no mercado de dólar à vista girava em torno de 3 bilhões de dólares, em consonância com a média diária de fevereiro. Na véspera, esse volume minguou para cerca de 500 milhões de dólares por conta de um feriado nos EUA.

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