A fraqueza do mercado internacional permitiu nesta segunda-feira a terceira alta consecutiva do dólar, em uma sessão com pouca volatilidade.
A moeda norte-americana subiu 0,40 por cento, para 1,767 real. De acordo com dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, havia pouco antes do fechamento 2,5 bilhões de dólares em negócios no mercado à vista.
Sem indicadores relevantes no exterior, o mercado de câmbio oscilou junto com os índices internacionais. No começo do dia, com um cenário mais favorável a aplicações de risco, o dólar caiu. A partir do começo da tarde, com a baixa das commodities, a queda do euro e a fraqueza das ações, o mercado virou.
Não havia indicadores relevantes no exterior --a maior expectativa do mercado é com a agenda de sexta-feira, quando serão divulgados novos números sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.
"O volume está baixo e qualquer coisa mexe com as cotações Pela manhã, lá fora, deu uma piorada rápida. E aqui subiu e ficou", disse Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez. "Acho que (o mercado) vai esperar até sexta mesmo", completou.
No Brasil, o déficit de 4,5 bilhões de dólares nas transações correntes em julho, divulgado pelo Banco Central pela manhã, teve pouco impacto imediato sobre a taxa de câmbio. Entretanto, a deterioração das contas externas pode implicar uma tendência de alta do dólar mais adiante.
Foi o pior resultado das transações correntes para um mês de julho, segundo o BC.
"O balanço de pagamentos continua muito dependente da conta de capitais, em particular dos investimentos em portfólio. O resultado natural é que a volatilidade do câmbio vai continuar sensível aos fluxos de capital", escreveu Rafael Leão, do BNP Paribas, em comentário sobre os dados.
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