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O dólar subiu pelo terceiro dia seguido frente ao real, seguindo a forte queda das bolsas de valores globais após a surpresa negativa com a confiança do consumidor e outros indicadores nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana fechou a sexta-feira em alta de 0,45 por cento, a 1,780 real. Na semana, o dólar acumulou ganho de 1,08 por cento, mas, no mês, ainda tem queda de 1,33 por cento. No ano, a divisa tem alta de 2,12 por cento.

Enquanto o mercado local fechava, o índice Standard & Poor's 500 caía quase 3 por cento em Nova York.

A confiança do consumidor surpreendeu nos EUA e caiu para o menor nível em 11 meses. Além disso, empresas como o Citigroup tiveram receita abaixo do esperado no segundo trimestre e os preços no varejo do país recuaram pelo terceiro mês seguido.

Para o economista-chefe de uma corretora em São Paulo, que preferiu não ser citado, a perspectiva de desaceleração da economia global, que começa a preocupar investidores, pode pressionar para cima o dólar no Brasil em um ambiente de expressivas posições vendidas de bancos e investidores estrangeiros.

"Todo mundo vende, vende, vende, e o Banco Central compra. Se alguém um dia quiser de volta, o dólar não existe, está todo com o BC. Há uma escassez de pronto (dólar à vista)."

De acordo com dados do próprio BC, os bancos exibiam mais de 9 bilhões de dólares em posições vendidas no fim de junho.

Nos mercados futuro e de cupom cambial, os investidores estrangeiros interromperam na quinta-feira a ampliação das apostas na valorização do real e mantiveram as vendas líquidas na casa de 6,3 bilhões de dólares --ainda, no entanto, no maior patamar desde julho de 2008.

Com o aumento das posições vendidas no mercado interno, as taxas de juros locais de curto prazo em moeda estrangeira continuaram a subir. A taxa do contrato de FRA (forward rate agreement) de cupom cambial mais curto, para setembro, chegou a 2,50 por cento na máxima do dia, maior nível desde janeiro de 2009.

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