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O dólar tornou a cair ante o real nesta sexta-feira (27), completando a quarta semana consecutiva de perdas e atingindo o menor nível em quase três meses, em linha com a fraqueza da moeda no exterior em meio a expectativas de um desfecho positivo para a dívida grega.

No fechamento, a divisa norte-americana caiu 0,32%, para 1,7386 real na venda. É o menor patamar desde 1º de novembro, quando a cotação terminou em 1,7375 real.

Na semana, o dólar acumulou desvalorização de 1,18%, aumentando as perdas neste ano a 6,95%.

A volatilidade deu o tom da sessão. O dólar abriu em queda, marcando na mínima do dia 1,7385 real. Mas passou a subir no final da manhã - alcançou 1,7485 real na máxima após os dados fracos sobre a economia norte-americana - e voltou a perder força ao longo da tarde para finalmente revisitar as mínimas do dia.

O movimento ficou em linha com a oscilação do dólar no exterior. No final da tarde, a moeda norte-americana perdia cerca de 0,60% frente a uma cesta de divisas, pressionado pela recuperação do euro, que superava a faixa de 1,32 dólar por esperanças de que a Grécia chegue a um acordo com credores privados para evitar um calote.

Os ministros das Finanças da zona do euro mostraram otimismo nesta sexta-feira de que um acordo para evitar o calote desordenado da Grécia esteja perto de ser alcançado. Eles também acreditam que as principais peças para resolver a crise de dívida da Europa estejam gradualmente entrando no lugar.

Para o diretor da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira, a queda do dólar pode continuar nos próximos dias caso o cenário externo continue estável e, principalmente, com a continuidade de ingressos de recursos ao país oriundos de captações externas.

A Companhia Siderurgica Nacional deve emitir em breve, e a Braskem precificou na véspera uma emissão que pode levantar 750 milhões de dólares. Além disso, o frigorífico Minerva inicia em 30 de janeiro um roadshow que poderá resultar em uma captação externa, segundo uma fonte envolvida.

Na visão de Bandeira, o governo pode agir para conter a apreciação do real apenas se a cotação cair abaixo de 1,70 real. "Enquanto tiver na casa de 1,74 real, 1,75 real, acho que o governo vai ficar apenas observando", afirmou.

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