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Sem surpresas com a ata do Federal Reserve e ainda de olho no cenário turbulento no exterior, o dólar fechou praticamente estável ante o real nesta quarta-feira (11). Segundo operadores, no entanto, a tendência continua sendo de alta da moeda norte-americana.

O dólar fechou o dia com leve baixa de 0,09%, a R$ 2,0354 para a venda, interrompendo três sessões consecutivas de altas. Durante todo o dia, a moeda oscilou pouco, registrando leves altas e baixas.

"O cenário externo continua péssimo e acredito que ainda vai piorar mais. O mercado vai buscar (o dólar a) R$ 2,10, com certeza", afirmou o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo dos Santos. Para ele, uma possível entrada mais forte de dólares no mercado pode ter evitado que a moeda norte-americana acompanhasse mais de perto os mercados externos nesta sessão.

Ante uma cesta de moedas, por exemplo, o dólar subia cerca de 0,11% às 17h30 (horário de Brasília).

Os investidores passaram o dia à espera da ata do Federal Reserve, o banco central norte-americano, que poderia sinalizar uma terceira rodada de compras de títulos por parte da autoridade monetária --estratégia que normalmente incentiva fluxos de dólares para economias emergentes como a do Brasil.

Mas não foi o que aconteceu. O Fed informou que, antes de injetar mais estímulos na economia, as condições precisam piorar mais.

"Eu acredito que, no geral, nós só estamos seguindo o humor externo na maioria dos casos", afirmou a estrategista-chefe do HSBC em Nova York, Marjorie Hernandez.

Lá fora, as preocupações continuam sobre a recuperação da atividade econômica, sobretudo na Europa, com a crise de dívida.

No Brasil, o BC informou que, na semana passada, o país voltou a receber mais dólares. O fluxo cambial --entrada e saída de moeda estrangeira-- fechou o período positivo em US$ 396 milhões, sobretudo vindos da conta financeira.

O mercado também continua atento a possíveis atuações do BC no mercado de câmbio, caso o dólar suba ou caia demasiadamente. Em suas últimas intervenções, o BC realizou diversos leilões de swap cambial tradicional --que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro--, sobretudo quando a moeda estava mais próxima do nível de R$ 2,10.

Neste mês, no entanto, a autoridade monetária manteve-se fora do mercado de câmbio.

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