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São Paulo – Até outubro, a taxa de câmbio apresenta a maior desvalorização anual na história do Brasil, segundo levantamento da consultoria Economática. O preço da moeda americana no mercado de câmbio doméstico teve desvalorização de 18,43% em 10 meses, variação superior aos 18,23% registrados em 2003. A consultoria utilizou nos cálculos a Ptax, a taxa de câmbio calculada pelo Banco Central.

Nesse ano, a taxa de câmbio brasileira teve uma inédita desvalorização nominal, segundo o levantamento da Economática.

A desvalorização do dólar no Brasil acompanha um movimento global de "enfraquecimento" da moeda americana, mas as perdas acumuladas no mercado nacional são superiores às variações verificadas nas demais economias da América Latina e mesmo da Zona do Euro. Na Colômbia, a valorização da moeda local frente ao dólar foi de 10,47%; no Chile, foi de 7,10%, e no Peru, de 5,97%. Na Argentina, o movimento foi inverso, com valorização de 2,59% do dólar frente ao peso. O euro, a moeda da União Européia, teve ganho de 8,83% sobre o dólar.

O histórico da taxa de câmbio brasileira mostra que o dólar teve seu pico de valorização em 2002, quando disparou 52,27%, e saiu de R$ 2,30 para R$ 3,50. Desde 2003, no entanto, a trajetória dos preços da moeda americana tem sido, majoritariamente, de desvalorização. Do início do governo Luiz Inácio Lula da Silva até outubro deste ano, a perda acumulada foi de 50,64%.

Trata-se da maior desvalorização acumulada no período entre os países estudados pela consultoria. No Chile, a perda acumulada foi de 31,34%; na Colômbia, foi de 30,21%, e no Peru, de 15,06%.

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