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O dólar comercial fechou em queda nesta quinta-feira (3), no terceiro dia consecutivo de desvalorização da moeda frente ao real. O dólar caiu 0,75%, a R$ 1,709.

O dólar caiu com um cenário favorável no mercado externo e a redução das expectativas sobre novas medidas do governo para frear a valorização do real. No ano, o dólar acumula queda de 26,75%.

No início da manhã, o anúncio de que o Bank of America começará a devolver US$ 45 bilhões em recursos emprestados pelo governo norte-americano durante a crise global propiciou um aumento do apetite por risco, valorizando divisas de países emergentes em relação ao dólar.

Mas o declínio da moeda norte-americana foi mais acentuado no Brasil por causa de declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao jornal "O Estado de S. Paulo" de que o governo está satisfeito com as medidas implementadas até o momento para brecar a apreciação do real.

O mercado vinha hesitando em aprofundar a queda do dólar com o receio de que o governo pudesse agir a qualquer momento, a exemplo do que fez em outubro, quando adotou a cobrança de IOF sobre a entrada de capital estrangeiro para ações e renda fixa.

Sem o fator de incerteza representado pelo governo, profissionais de mercado já voltam a falar no rompimento do nível psicológico de R$ 1,70. Isso, no entanto, depende do comportamento do mercado internacional, afirmam.

"Pode quebrar [o patamar de R$ 1,70] de um dia para o outro", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença. "Se lá fora estiver bom, o euro amanhece com tendência de alta frente ao dólar, o mercado [local] amanhece com baixa [do dólar]. Aí já quebrou."

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