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A Organização Trump cancelou negociações sobre possíveis projetos no Brasil, Argentina e Índia, ao passo em que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, recua de negócios menos de três semanas antes de assumir a Casa Branca.

O advogado da organização, Alan Garten, disse que a companhia cancelou um “memorando de entendimento” para continuar negociações com parceiros locais sobre possíveis torres comerciais no Rio de Janeiro. Ele também disse que a companhia não vai prosseguir com negociações “exploratórias” sobre projetos em Pune, na Índia, e em Buenos Aires, na Argentina.

A decisão vem na esteira de cancelamentos feitos no final do ano passado de projetos de hotéis no Brasil, Azerbaijão e Geórgia. Trump tem sido pressionado para se separar de seus negócios antes de tomar posse.

As regras americanas não exigem que os presidentes vendam seus negócios ou investimentos, mas críticos argumentam que Trump deve fazê-lo, pois seus investimentos internacionais representam conflitos de interesse sem precedentes.

Trump não deu indicações de que planeja vender seu interesse nos negócios. Em vez disso, ele prometeu não fazer mais acordos enquanto presidente, além de deixar a administração de sua companhia para dois de seus filhos e executivos.

O projeto no Brasil recebeu alguma publicidade. O plano era construir cinco torres no Rio, mas o empreendimento foi atrelado a um escândalo de corrupção que não envolveu Trump, diretamente. O projeto, chamado Trump Towers Rio, foi anunciado em 2012 e era avaliado em no mínimo R$ 3 bilhões. Ele teria cinco torres de 38 andares e 450 mil metros quadrados de área construída. Trump não investiria recursos próprios, apenas cederia sua marca.

A construção faria parte do complexo Porto Maravilha e seria financiada pelo FI-FGTS, fundo vinculado ao FGTS e administrado pela Caixa. Em outubro do ano passado, o projeto passou a ser investigado pelo Ministério Público Federal dentro da Operação Greenfield , que apura a atuação dos fundos de pensão e a operação do FI-FGTS, incluindo financiamentos do Porto Maravilha – esse projeto é alvo de investigações que incluem suspeitas de favorecimento ao ex-deputado Eduardo Cunha.

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