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A Topper no Brasil já pertence  ao grupo de Wizard desde 2015. A aquisição de 22,5% da marca na Argentina fazia parte do compromisso assumido há três anos. | Reprodução/Facebook/
A Topper no Brasil já pertence ao grupo de Wizard desde 2015. A aquisição de 22,5% da marca na Argentina fazia parte do compromisso assumido há três anos.| Foto: Reprodução/Facebook/

O grupo Sofrza, do empresário Carlos Wizard Martins, comprou 22,5% dos negócios da Alpargatas na Argentina, que concentram a marca Topper no país, por R$ 100 milhões. De imediato, serão pagos R$ 40 milhões à Alpargatas e os outros R$ 60 milhões quando a operação for concluída.  A negociação foi fechada no fim da última sexta-feira (14).

As operações da Topper no Brasil já pertencem integralmente ao grupo de Wizard desde 2015, bem como as operações globais da Rainha. Na época, o negócio custou R$ 48,7 milhões. Naquele mesmo período, o grupo Sforza assumiu o compromisso de comprar 20% da Topper na Argentina, onde a marca é bem mais popular do que no Brasil. 

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Agora o percentual foi renegociado para 22,5%, em função das fortes oscilações do câmbio no país de Mauricio Macri, segundo o que Mario Utsch, presidente da Alpargatas, afirmou ao Valor. A variação cambial negativa chegou a R$ 25,7 milhões. 

A demanda da Topper na Argentina está aumentando, e a empresa vinha importando calçados do Brasil para o país vizinho. No primeiro semestre, as vendas na Argentina cresceram 10,1% em volume, para 2,67 milhões de pares de calçados. Enquanto isso, a receita líquida total da Alpargatas na Argentina atingiu R$ 309,7 milhões entre janeiro e junho, com queda de 6,6% em relação ao mesmo período  de 2017.

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Com a aquisição, a empresa brasileira de calçados vai reorganizar a sociedade controladora da Alpargatas S.A.I.C, nome da operação argentina, para separar a Topper das outras marcas, como Havaianas e Osklen.

Segundo relatório do banco Brasil Plural, o acordo prevê a possibilidade de compra de 100% da Topper pelo grupo Sforza no futuro - após essa segregação das marcas. Caso a aquisição completa se concretize, o valor do negócio será calculado com base na aplicação do múltiplo de 6 vezes sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

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