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A direção da VarigLog, empresa adquirida no ano passado pela Volo Brasil, informou que a empresa está reiterando o interesse na aquisição da Varig com uma proposta no valor de US$ 500 milhões (US$ 85 milhões a mais do que a proposta feita pela mesma empresa antes de se cogitar o leilão) que inclui a participação de 5% no capital pelos funcionários da companhia e 5% pela antiga Varig. A aprovação, no entanto, ainda depende da posição final da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a venda da subsidiária da Varig.

O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, confirmou que Volo do Brasil - que tem entre seus sócios o fundo americano Matlin Peterson - entregou novos documentos ao órgão regulador, que está analisando a operação de venda da VarigLog feita no início do ano, e dará o posicionamento final sobre ela pode ou não ser concretizada.

No entanto, Zuanazzi afirmou que a Anac não tem prazo definido para concluir a análise do processo. Isso pode comprometer, em tese, uma oferta da Volo do Brasil pela Varig, pois jogaria nova incerteza sobre a operação.

Além disso, a VarigLog só poderá fazer uma oferta pela companhia depois da decisão do juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, que deu prazo até esta sexta-feira para que a NV Participações, vencedora do leilão, faça o depósito de US$ 75 milhões referente a primeira parcela da compra da Varig. Fontes do setor já tinham afirmado que a NV não tem os recursos para honrar o pagamento, fato admitido ontem pelo coordenador do Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), Márcio Marsillac. Numa manifestação de funcionários, ele afirmou que não tem 100% de certeza de que terá o dinheiro até esta sexta-feira.

Na sua proposta, a VarigLog informa que tem recursos para fazer o aporte de US$ 500 milhões sozinha ou com uma das empresas afiliadas à Volo Brasil. A VarigLog quer ficar com os ativos operacionais que a Varig ainda tem (slots - autorizações de pouso e decolagem - marca e bens imóveis). A empresa se compromete a manter parte dos funcionários na companhia, dentro do plano inicial, apresentado à Varig desde o começo deste ano, onde a projeção era de corte de três mil empregados. A VarigLog, segundo informações, ainda não apresentou à Justiça proposta formal pela Varig.

Venda de VariLog

A entrega de novos documentos é objeto de disputa judicial entre a Volo e a Anac. Há cerca de dois meses, a Anac emitiu parecer suspendendo a operação de compra da VarigLog, afirmando que faltavam documentos que permitissem a comprovação da origem dos recursos utilizados e o percentual de participação de capital estrangeiro na VarigLog (pela legislação, esta participação não pode ser superior a 20%).

A Volo foi à Justiça alegando que a Anac estava extrapolando seus poderes ao pedir documentos extras. O Tribunal Regional Federal (TRF) atendeu o pedido e deu prazo de cinco dias para o órgão regulador se manifestar. A procuradoria jurídica da Anac entrou com recurso na quarta-feira. A pendenga judicial teve início com ação da Docas Investimentos, do empresário Nelson Tanure, que questionou a venda na Justiça do Rio. Além de Tanure, o Sindicato das Empresárias Aéreas (Snea) apresentou denúncia à Anac.

A VarigLog e a VEM foram vendidas no fim do ano passado para o AeroLB, formado pela TAP e um investidor chinês. Logo depois, a AeroLB transferiu o contrato para a Volo do Brasil.

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