O setor produtivo dá mostras de otimismo com os rumos da economia brasileira. Ao menos é o que indica a pesquisa Sensor Econômico, divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O resultado indica que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer, em média, 6,5%. Na pesquisa anterior, a expectativa era de um crescimento de 5,5%.
Com a elevação, a perspectiva do setor produtivo para o PIB se iguala à divulgada na semana passada pelo Ministério do Planejamento. O número, no entanto, fica abaixo do das declarações públicas recentes do ministro Guido Mantega, que diz trabalhar com uma expansão do PIB entre 6,5% e 7%, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que o Brasil cresceria não menos que 7% neste ano. Também fica abaixo dos 7,3% previstos pelo Banco Central.
Para a taxa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a aposta é de que ela fique em torno de 5,5% - ante 5,2% da última pesquisa. Realizado a cada bimestre, o levantamento apresenta as perspectivas para os principais indicadores macroeconômicos para o ano, conforme projeções feitas por entidades associativas do setor produtivo.
A média das expectativas para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ficou em 11,5%. Para o dólar, o setor aposta numa cotação em torno de R$ 1,82. O Sensor Econômico traz ainda a expectativa de criação de empregos para 2010. Para o setor, devem ser abertos 1.550.000 postos de trabalho ao longo deste ano.
Espera-se, ainda, um aumento de 15% na taxa de crescimento do investimento. Os indicadores do comércio exterior apontam para um volume de US$ 180 bilhões em exportações e de US$ 160 milhões em importações.
Com relação às duas pesquisas Sensor Econômico divulgadas este ano, todos os índices registraram crescimento, com exceção da cotação do dólar, que, na primeira pesquisa, apontava para um valor de R$ 1,89.
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