A economia feita pelo setor público para pagamento de juros da dívida registrou novamente uma forte queda em setembro, segundo relatório de política fiscal do Banco Central divulgado nesta terça-feira (30). O superavit total dos governos federal, estaduais, municipais e de parte das empresas estatais foi de R$ 1,6 bilhão em setembro, uma redução de 80% na comparação com os R$ 8,1 bilhões do mesmo mês do ano passado.
Com mais esse fraco desempenho, fica cada vez mais difícil que o governo cumpra a meta de superavit primário estabelecida para o ano, de R$ 139,8 bilhões (3,1% do PIB).
Oficialmente, o Tesouro Nacional mantém o discurso de que o objetivo será atingido, mas, dentro do governo, já se admite que o valor não será alcançado.
De janeiro a setembro, a economia do setor público chegou a R$ 75,8 bilhões, o que representa 2,33% do PIB (Produto Interno Bruto). Ou seja, faltando apenas três meses para fechar o resultado de 2012, apenas 54% da meta foi cumprida. O valor registrado neste ano é 27,5% menor que o do mesmo período do ano passado. Nos primeiros nove meses de 2011, o superavit foi de R$ 104,6 bilhões (3,43% do PIB).
O saldo acumulado em 12 meses também recuou. Era de R$ 106,4 bilhões (2,46% do PIB) em agosto e passou para R$ 99,9 bilhões no mês passado (2,33% do PIB).
O governo tem dois objetivos principais com o superavit primário: pagar juros da dívida, evitando seu crescimento descontrolado, e limitar a expansão dos gastos do governo, retirando pressão sobre a inflação.
Devido à queda da taxa básica de juros (Selic), a dívida pública está mais barata, o que, segundo economistas, permite que a dívida fique estável ou até em queda, mesmo com um superavit primário menor.
A dívida líquida do setor público atingiu R$ 1,534 trilhão (35,3% do PIB) em setembro, a ante R$ 1,522 trilhão no mês anterior (35,3% do PIB). Em dezembro, a relação entre dívida líquida e PIB era de 36,4%.
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