Brasil encolhe 0,6% no 2º tri e entra em recessão técnica
Com forte retração nos investimentos produtivos e na indústria, a economia brasileira encolheu 0,6% no segundo trimestre de 2014 sobre os três meses anteriores, levando o país a entrar em recessão técnica pela primeira vez em cinco anos.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 1,7% nos primeiros seis meses de 2014, informou na manhã desta sexta-feira (29) o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). A média foi obtida com a comparação do desempenho econômico do estado do primeiro semestre de 2014 com período equivalente de 2013. A economia nacional, no mesmo período, cresceu 0,5% no mesmo período e na mesma comparação.
O resultado do setor de serviços cresceu 4% e foi o que segurou a média positiva do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná no primeiro semestre de 2014. A indústria e a agricultura, por outro lado, fecharam o período em queda de 1,9% e 4,5%, respectivamente e foram as contribuições que mais puxaram a média para baixo.
Os serviços representam 64% de toda a renda no Paraná e foram puxados, especialmente, pelos serviços prestados às famílias. Este último segmento teve alta de 11,3%, seguido por serviços administrativos, que cresceram 10,1% e trabalhos de informação e comunicação, que fecharam o primeiro semestre com expansão de 8,2%. A receita nominal do setor, de um modo geral, também apresentou resultado positivo, com crescimento de 8% - aumento parecido com a média nacional, que ficou em 7,4%.
No caminho contrário, agricultura e indústria tiveram um início de ano preocupante. "A combinação entre estiagem, estabilização dos preços internacionais e o câmbio defasado retiraram a capacidade de geração de renda do setor", explica o economista do Ipardes Francisco José Gouveia de Castro. As quedas de 24% na produção de milho e 8% na produção de soja foram determinantes também para a queda de 4,5% no setor.
Crise generalizada
A crise generalizada da indústria brasileira foi ainda pior no estado. O setor manufatureiro, por exemplo, apresentou queda de 4,3% no estado, frente à redução de 2,6% no país, no acumulado de janeiro a junho. A fabricação de automóveis foi o grande destaque negativo, com queda de 15,7%. A produção de máquinas e equipamentos e de produtos alimentícios também fecharam com forte queda, de 9,5% e 5,2%, respectivamente.
Além da conjuntura nacional, o economista do Ipardes afirma que a confiança do consumidor está abalada, contribuindo para a encolhimento da indústria local. "A retração da produção de veículos é fruto da queda na confiança do consumidor quanto ao futuro da economia, da restrição de crédito e da crise argentina", completa.
-
“Desenrola” de Lula cumpre parte das metas, mas número de inadimplentes bate recorde
-
Governo suspende importação de arroz do Mercosul após países subirem 30% valor do grão
-
Enquete: Você acha que Lula vem utilizando as enchentes no RS como palanque de autopromoção?
-
Whindersson, Gregorio, Wyllys: eles ousaram criticar a esquerda e foram perseguidos pela militância
“Desenrola” de Lula cumpre parte das metas, mas número de inadimplentes bate recorde
Reforma pode levar empresas a cancelar planos de saúde para empregados, diz setor
Cheias devem pressionar a inflação; mercado e governo refazem as contas
Atuação dos Profissionais de RH é de alta relevância na construção de uma sociedade sustentável, justa e igualitária
Deixe sua opinião