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Luiz Nunes: “o mundo real se impõe de forma avassaladora” | Joel Rodrigues/Folhapress
Luiz Nunes: “o mundo real se impõe de forma avassaladora”| Foto: Joel Rodrigues/Folhapress

A arrecadação de impostos ficou praticamente estável em junho na comparação com o mesmo período do ano passado, evidenciando a dificuldade do governo em reverter o fraco desempenho das suas contas em meio ao desaquecimento da atividade econômica. Os contribuintes pagaram em junho R$ 91,4 bilhões em tributos, uma alta de 0,13% em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação.

Nos primeiros seis meses de 2014, a arrecadação atingiu R$ 578,6 bilhões, uma expansão real de 0,28% na comparação com o valor acumulado na primeira metade do ano passado. Segundo a Receita, alguns fatores explicam o desempenho pouco expressivo do primeiro semestre: desonerações e baixo ritmo de atividade da economia brasileira. "O mundo real se impõe de forma avassaladora [sobre a arrecadação], para o bem e para o mal", disse o secretário-adjunto da Receita, Luiz Fernando Teixeira Nunes.

A redução na arrecadação de impostos que incidem sobre o lucro – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido)– principalmente em janeiro e fevereiro, foi um dos principais fatores da fraca arrecadação do semestre.

O setor que apresentou maior queda na arrecadação de tributos no primeiro semestre foi o dos bancos, que recolheu R$ 7,6 bilhões a menos em relação ao mesmo período do ano passado. O setor automotivo apresentou queda de R$ 2,5 bilhões – a venda de veículos caiu 7,6% no primeiro semestre.

Extraordinárias

Apesar da expansão contida da arrecadação, e da redução da projeção oficial de crescimento do PIB em 2014 – de 2,5% para 1,8% –, a Receita Federal ainda trabalha com um crescimento de 2% da arrecadação em 2014. No início do ano, o governo contava com um aumento de 3,5%.

Para incrementar suas receitas e sustentar a meta de poupar R$ 80,8 bilhões no ano, o governo confia na arrecadação extraordinária de dívidas tributárias de empresas, por meio do programa especial de parcelamento, o chamado Refis. Neste ano, espera-se que empresas paguem R$ 18 bilhões em dívidas atrasadas.

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