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A atividade econômica mundial está em processo moderado de desaceleração e os riscos de redução deste ritmo cresceram, alerta a revisão do World Economic Outlook, do Fundo Monetário Internacional (FMI), atualizado em junho e divulgado hoje em São Paulo, na sede da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). Embora o documento aponte que a economia mundial deve ter registrado uma expansão de 4,3% no primeiro trimestre de 2011, em termos anualizados, houve mudanças no cenário, como um inesperado enfraquecimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.

O FMI prevê uma desaceleração neste segundo trimestre, mas estima uma retomada no segundo semestre deste ano. A revisão para cima no crescimento estimado dos emergentes resultou numa mudança marginal na projeção para o crescimento econômico global neste ano, de 4,4% para 4,3%.

De acordo com o FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) americano deve crescer 2,5% em 2011, abaixo dos 2,8% estimados pelo fundo em abril. Em 2012, a economia americana deve acelerar levemente para 2,7% de expansão, também abaixo da projeção de 2,9% feita há dois meses. "Consumidores e empresas estão menos otimistas, mas não achamos que seja algo sério. Não há nada em andamento parecido com um duplo mergulho na recessão. O crescimento ainda é fraco nos Estados Unidos, mas não muito mais fraco do que já vinha sendo", explicou o economista-chefe e diretor do Departamento de Pesquisa do FMI, Olivier Blanchard.

A revisão nas projeções econômicas do FMI, afirmou Blanchard, deve-se ao fato de os números terem piorado em alguns países grandes. "Como o Japão, por razões óbvias, e os Estados Unidos, mas até onde sabemos, há uma série de fatores especiais por trás desse enfraquecimento", justificou. A projeção do FMI para o PIB do Japão em 2011 encolheu 2,1 ponto porcentual entre abril e junho, passando de uma estimativa de crescimento de 1,4% para uma contração de 0,7%, após os efeitos devastadores do terremoto e do tsunami que atingiram o país em março deste ano.

Já o crescimento econômico nos EUA, diz o relatório, é desapontador, mas deve-se a fatores transitórios, como a elevação nos preços de commodities, más condições climáticas e ruptura da cadeia de oferta japonesa de componentes manufaturados para a economia norte-americana, causada pelo terremoto ocorrido em março. Em contrapartida, o FMI destaca que houve uma surpresa positiva na expansão da zona do euro, puxada em boa parte pelo aumento dos investimentos na Alemanha e França. O FMI reviu para cima sua previsão do PIB da zona do euro, que passou de 1,6% para 2% em 2011. Em 2012, a projeção recuou levemente de 1,8% para 1,7%.

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