O professor e economista Affonso Celso Pastore faleceu nesta quarta-feira (21) aos 84 anos de causa ainda não divulgada. Ele estava internado após passar o fim de semana na UTI ao ser submetido a uma cirurgia no último sábado (17).
Em 2021, Pastore participou como assessor econômico da campanha de Sergio Moro para as eleições presidenciais, pelo Podemos. Apesar da desistência de Moro – que acabou concorrendo ao Senado em 2022 pelo União Brasil-PR –, o economista continuou a ser uma voz respeitada no debate econômico do país.
“O Brasil perde um de seus maiores economistas, Affonso Celso Pastore, que se destacava pelo rigor e integridade de suas análises econômicas. Tive a oportunidade e a honra de receber os seus conselhos. Sua obra e legado continuarão. Meus sentimentos à Cristina e à família”, disse Moro.
Pastore foi presidente do Banco Central nos anos 1980 e tido como um importante personagem no cenário econômico brasileiro. Além da autoridade monetária durante o governo Figueiredo, o economista passou pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e no Instituto de Pesquisas Econômicas (IPE) da USP. Em 1993, fundou sua consultoria, A. C. Pastore & Associados, ao lado de Maria Cristina Pinotti.
Com uma carreira de destaque, Affonso Celso Pastore iniciou a trajetória como assessor do então secretário da Fazenda de São Paulo, Antônio Delfim Neto, a quem considerava seu mentor. Graduado e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), ele integrou a equipe de assessores de Delfim quando este se tornou ministro da Fazenda, em 1967.
Durante seu mandato como presidente do Banco Central entre os anos de 1983 e 1985, Pastore desempenhou um papel crucial no crescimento econômico do Brasil, destacando-se por negociar a dívida externa com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Autor de várias obras, incluindo "Erros do Passado, Soluções para o Futuro", Pastore deixou um legado importante na análise econômica brasileira. Em 2020, foi homenageado em uma publicação que reuniu artigos e uma entrevista inédita assinada por renomados economistas do país, como Delfim Netto, Armínio Fraga Neto, Ilan Goldfajn, entre outros.
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