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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou em linha com o esperado em fevereiro, pressionada por maiores custos de educação, alimentos, combustíveis e ônibus.

O indicador subiu 0,94 por cento neste mês, após elevação de 0,52 por cento em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Analistas consultados pela Reuters previam uma taxa de 0,93 por cento, de acordo com a mediana e a média de 18 projeções, que variaram de 0,85 a 0,96 por cento.

A média dos três núcleos do índice --por exclusão, por médias aparadas com suavização e por médias aparadas sem suavização-- subiu 0,61 por cento em fevereiro, ante 0,47 por cento em janeiro, no cálculo de economistas.

O IBGE acrescentou que os custos de Educação aumentaram 4,55 por cento, sendo a maior contribuição para o índice do mês, de 0,32 ponto percentual ou 34 por cento.

"Esse resultado reflete os reajustes verificados no início do ano letivo, com destaque para os aumentos nas mensalidades dos cursos de ensino formal, que subiram 5,38 por cento e constituíram-se no item de maior contribuição individual no índice do mês, de 0,26 ponto percentual", disse o IBGE em nota.

Os preços do grupo Alimentação avançaram 0,98 por cento em fevereiro, após subirem 0,81 por cento em janeiro. O clima quente e chuvoso desta época do ano costuma prejudicar os produtos in natura e o açúcar está em período de alta.

"Vários produtos passaram a custar mais, com destaque para os açúcares cristal (12,13 por cento), e refinado (9,94 por cento), além das hortaliças (9,52 por cento), arroz (5,22 por cento) e frutas (2,85 por cento)", acrescentou o IBGE.

Outra pressão veio das tarifas de ônibus, com elevação de 3,84 por cento, em razão de reajustes em algumas capitais, como São Paulo. Entre os combustíveis, pressionado pela cana-de-açúcar, o álcool teve aumento de 8,86 por cento e a gasolina, de 1,34 por cento.

No bimestre, o IPCA-15 acumula alta de 1,46 por cento e nos últimos 12 meses, de 4,63 por cento.

O IPCA-15 é considerado uma prévia do IPCA, o índice que serve de referência para a meta de inflação do país.

A metodologia de cálculo é a mesma, apurando a variação de preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença está no período de coleta, já que o IPCA mede o mês calendário.

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