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Na Justiça

De acordo com o presidente do sindicato empresarial de Hospedagem e Alimentação (Seha), Marco Antonio Fatuchi, a justiça concedeu um interdito proibitório em seu favor. A decisão judicial não interrompe a greve, mas estabelece uma multa diária de R$ 30 mil caso os funcionários dos hotéis causem confusão nos estabelecimentos

A greve de trabalhadores dos bares, hotéis e restaurantes continua nesta segunda-feira (02). O grupo e os patrões não devem entrar em acordo hoje, dia de eleição no sindicato empresarial de Hospedagem e Alimentação (Seha). Desde a última sexta-feira (29), os trabalhadores reivindicam reajuste salarial e a inclusão de benesses no pagamento mensal.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meios de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região (Sindihoteis), Luis Alberto dos Santos, há funcionários parados em diversos hotéis da região central de Curitiba e nos motéis em duas rodovias que cortam Curitiba. Ele estima que 500 funcionários estejam parados.

"Nós estamos esperando que o sindicato patronal entre em contato conosco. Estamos abertos para conversar; estamos esperando esse contato desde antes do início da greve", diz Santos. De acordo com ele, não há bloqueio para passagem de clientes.

Marco Antonio Fatuchi, presidente do Seha, explica que durante todo o dia o sindicato patronal estará entretido com a votação para a nova diretoria e será difícil chegar a um acordo nesta segunda. "Nós queremos discutir essa questão, mas o outro lado precisa relaxar nas exigências. O que eles pedem é impossível. A exigência está acima das nossas capacidades", afirma.

Pedidos

A categoria pede piso de R$ 930 (o atual é R$ 798); reajuste pelo INPC mais 4% aos que ganham acima do piso; anuênio de 2%; cesta básica de R$ 200; seguro de vida de R$ 45 mil; vale transporte gratuito; vale refeição de R$ 20 e adicional de assiduidade de 20%.

O Seha diz que os valores têm de ser negociados e solicita a inclusão de duas cláusulas na convenção: o regime de trabalho de 12 por 36 horas e a adoção do sistema de banco de horas. Atualmente, os funcionários recebem hora extra quando extrapolam o horário de trabalho.

Parados

Segundo o Sindihotéis, há funcionários parados no Hotel Lancaster da Voluntários da Pátria; no Slaviero Palace da Rua Senador Alencar; Slaviero Slim, na Boca Maldita; Hotel Mabu, na Praça Santos Andrade; Hotel Nikko da Rua Barão do Rio Branco e no Hotel Bourbon da Rua Cândido Lopes. Funcionários de motéis da BR-277, sentido litoral e da BR-376, no sentido interior, também aderiram a paralisação.

Em nota, a assessoria de imprensa do Hotel Mabu negou que a unidade está sendo afetada pela paralisação e destacou que o funcionamento é normal nesta segunda-feira.

De acordo com o presidente do Seha, na manhã desta segunda-feira, teriam acontecido manifestações nos hotéis Mabu, Lancaster, Del Rey e Nikko. Para Fatuchi, a greve prejudica o atendimento e o cliente, que fica apreensivo com a situação e procura estabelecimentos alternativos.

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