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O superintendente da coordenação-geral da presidência da Eletrobrás, Luiz Augusto Figueira, afirmou que a companhia considera a captação de recursos no mercado de dívida externa para cumprir a meta de investimentos prevista no Programa de Ações Estratégicas (PAE) 2009 - 2012. Segundo o documento disponibilizado nesta terça-feira (17) sobre o plano, um montante de R$ 9,441 bilhões (31,2% do valor total de investimento de R$ 30,2 bilhões), é classificado como "recursos a definir". "Essa linha significa que ainda não definimos como será cumprida a previsão. Podemos utilizar recursos próprios ou captar o montante no mercado, desde que a um custo conveniente", disse o executivo em entrevista à Agência Estado.

Segundo o superintendente, a ideia é que o acesso ao mercado de dívida seja feito pela holding Eletrobrás. "Na maioria das vezes, preferimos utilizar a holding, por ter um rating de risco melhor e uma maior facilidade de captação de recursos no exterior", justificou o executivo. Eventualmente, as subsidiárias poderão efetuar operações, a exemplo do que já fez Furnas no passado com a emissão de fundo de investimento em direito creditório (FIDC) para custear investimentos. "Se a Chesf, por exemplo, obtiver financiamento de bancos do Nordeste, nós iremos captar por meio dela", explicou.

A intenção de acessar o mercado de crédito externo foi um dos principais motivos que levou a Eletrobrás a migrar para o ADR Nível 2 da Bolsa de Nova Iorque no final do ano passado, de modo ampliar a visibilidade dos papéis da estatal brasileira entre os investidores e instituições estrangeiras. A captação de recursos no exterior tem até uma vantagem para a estatal, na medida em que a companhia não precisa solicitar ao Conselho Monetário Nacional (CMN) uma excepcionalidade para aumentar o seu endividamento - para contrair empréstimos no mercado interno, essa autorização é necessária. "Não existe, porém, nenhuma autorização formal do conselho da Eletrobrás para uma operação no exterior", ponderou Figueira.

O executivo revelou que a Eletrobrás é procurada diariamente por bancos oferecendo operações de financiamento para os seus projetos. Por isso, Figueira afirmou que, apesar da crise que tornou mais escassa e seletiva a oferta de crédito para as empresas, a Eletrobrás não teria dificuldades em captar os recursos necessários para o seu plano de investimento.

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