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O presidente da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, apresentou nesta terça-feira aos executivos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) o programa "Energia para a paz". Trata-se de um plano para universalizar o acesso à energia elétrica, nos moldes do "Luz para todos" do governo federal, que seria estendido à toda a América Latina e financiado com recursos do BID. Ele disse que, se a idéia for encampada pelo organismo multilateral, a estatal tem condições de, em 90 dias, apresentar um projeto com as necessidades de cada país da região e custo aproximado da universalização.

Com o "Luz para todos", a Eletrobrás planeja entregar energia a todos os domicílios brasileiros até janeiro de 2009. Em 2003, eram 12,3 milhões de lares sem eletricidade. Hoje, o número está em nove milhões. No Brasil, cada ligação domiciliar custa de R$ 5.400 a R$ 6.290. Vasconcelos estima que, nos demais países, o custo será de US$ 2 mil em média.

- O "Energia para a paz" é um programa humanitário, é um projeto de integração latino-americana, mas é também um projeto que tem um dedinho de orgulho da engenharia brasileira de poder oferecer a Eletrobrás como gestora de universalização em outros países - diz o presidente da estatal.

Por trás do plano, há portanto a intenção de viabilizar a inserção internacional da companhia. Hoje, a Eletrobrás é proibida de investir diretamente em outros países. Só o faz por intermédio das subsidiárias, como Furnas. A mudança no estatuto da companhia está em andamento. Já passou pela Advocacia Geral da União, pelo Ministério de Minas e Energia e agora repousa na Casa Civil, de onde deverá seguir para o Congresso Nacional na forma de projeto de lei.

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