A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) vai apresentar ao governo federal proposta para que refrigeradores e lavadoras de roupa também sejam considerados produtos essenciais. Assim, suas alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) poderiam ser beneficiadas por essa característica, como acontece com os fogões.
Segundo o presidente da Eletros, Lourival Kiçula, o setor poderá propor, por exemplo, que a alíquota dos tanquinhos seja reduzida para 5% e das máquinas mais sofisticadas, para 10%.
Essa proposta será levada ao governo juntamente com o pedido para que sejam concedidas alíquotas diferenciadas aos produtos sustentáveis, como ocorreu nos últimos meses. Em 31 de outubro do ano passado, as alíquotas reduzidas dos produtos refrigerador e freezer, lavadora de roupa e fogão considerados eficientes do ponto de vista energético foram prorrogadas para 31 de janeiro.
Nesta quinta (28), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o fim do IPI reduzido para eletroeletrônicos e automóveis, cujo prazo termina neste domingo (31). "Fomos pegos de surpresa. As alíquotas tinham sido prorrogadas para os produtos sustentáveis. Tínhamos certeza da renovação por causa dessa diferenciação", disse Kiçula.
De acordo com o presidente da Eletros, os lojistas sempre fecham as compras no último dia do mês, o que faz com que os produtos que vão abastecer as prateleiras em fevereiro sejam faturados com as alíquotas reduzidas de IPI. "Os consumidores vão pagar mais caro a partir de março", afirmou.
O IPI para eletrodomésticos da linha branca foi reduzido em abril do ano passado. Na ocasião, o governo baixou o IPI das máquinas de lavar roupa de 20% para 10%, das geladeiras de 15% para 5%, dos fogões de 5% para zero e dos tanquinhos de 10% para zero. No fim de outubro, o governo decidiu prorrogar o benefício até 31 de janeiro de 2010 apenas para os eletrodomésticos mais eficientes do ponto de vista energético.
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