Dubai vai esquecer, pelo menos por um dia, que está passando por uma crise imobiliária disparada desde o anúncio da moratória de uma de suas principais construtoras no final de novembro. O emirado vai ganhar, em 4 de janeiro, o Burj Dubai. Com mais de 800 metros, será o edifício mais alto do mundo.
A construtora Emaar confirmou nesta quarta-feira (16) a data da abertura da torre, com a presença do xeque Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, líder de Dubai. Assim como a Nakheel, companhia endividada pela construção das ilhas artificais na costa da cidade, a Emaar tem grande aporte financeiro do governo do emirado.
De acordo com o CTBUH, órgão internacional que reúne construtoras e administradoras de arranha-céus, o Burj ("torre", em árabe) Dubai terá cerca de 825 metros de altura, de seu andar de acesso inferior até o topo da antena. Até então, cabia ao Taipei 101, em Taiwan, a marca de mais alto do mundo, com 527 metros. O superprédio receberá escritórios, apartamentos de luxo e o primeiro hotel Armani do mundo.
O edifício será o centro de um complexo que já conta com um gigantesco shopping center e a maior fonte luminosa do planeta, superando a do hotel Bellagio, em Las Vegas. Turistas poderão visitar um ponto de observação localizado a 442 metros do solo.
O governo de Dubai tem incentivado a transformação do emirado em um gigantesco centro de turismo, serviços e negócios. A região tornou-se um imenso canteiro de obras, com ilhas artificiais e prédios gigantes. A crise global, em 2008, impôs um freio às pretensões do xeque do emirado. A Nakheel chegou a anunciar a construção de um edifício ainda mais alto do que o Burj Dubai, com mais de 1 km de altura. Os planos, no entanto, foram abandonados no início de 2009.
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