A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abriu 300 processos de autuação contra a América Latina Logística (ALL) nos últimos quatro anos, entre 2010 e 2014. Na média, cada punição é da ordem de R$ 200 mil, o que significa dizer que a empresa foi multada em cerca de R$ 60 milhões por descumprir algum tipo de determinação da agência reguladora ou do contrato de concessão.
A maioria dos recursos, no entanto, nunca entrou na conta da ANTT, pois todos os processos estão na Justiça. Por não concordar com a decisão, a empresa tem por princípio questionar as multas judicialmente. Com uma liminar em mãos, ela faz os depósitos em juízo e consegue suspender as determinações da agência. Por isso, mesmo com as autuações, a companhia continua não corrigindo erros apontados pela ANTT, afirma um executivo que já prestou serviços para a ALL.
Para o presidente da consultoria Inter.B, Cláudio Frischtak, a atual situação da companhia pode ser resultado da forma agressiva com que os administradores da empresa operam a malha. “Eles podem estar operando o sistema além do limite. Ou seja, eles estressam os ativos até o limite”, avalia. Os investimentos abaixo do necessário podem estar se traduzindo em queda na velocidade dos trens.
Outras ferrovias
Entre 2009 e 2013, o resultado das demais ferrovias do Brasil teve comportamento diferente. Algumas apresentaram ligeira melhora ou ficaram estáveis, como a Estrada de Ferro Vitória-Minas, da mineradora Vale.
Outras registraram queda na velocidade, mas não na mesma dimensão da ALL.
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