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Apesar da boa expectativa do mercado, as ações da Positivo Informática estrearam em queda na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ontem, em seu primeiro pregão, os papéis da companhia paranaense fecharam em baixa de 1,48%, cotados a R$ 23,15 – enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, fechou em um recorde histórico.

As ações da Positivo Informática tiveram a maior movimentação financeira do dia na Bovespa, com 7.315 negócios que totalizaram R$ 213,2 milhões, mas desapontaram quem esperava uma estréia brilhante. "Foi bastante decepcionante. Não há motivo aparente para esse papel não ter subido", disse o analista Léo Fabiano da Cruz, da Áureum Corretora.

Durante o prazo de reserva das ações, encerrado na semana passada, a Positivo Informática captou mais recursos do que se esperava. A oferta prevista era de 21,95 milhões de ações, mas os investidores compraram um total de 24,145 milhões. Com isso, o preço fixado para o papel atingiu o topo das expectativas, que variavam entre R$ 17,50 e R$ 23,50 – e a empresa, que esperava levantar até R$ 515 milhões com a oferta, captou um total de R$ 567,4 milhões, valor que deve ser usado para financiar sua expansão.

Frente ao elevado número de reservas, os papéis tiveram de ser rateados, e o valor máximo em ações adquirido por investidor ficou em R$ 2.820. "Como o rateio foi muito grande, esperava-se muitas compras na abertura do pregão. Mas muita gente vendeu, o que é incomum", disse o analista da Áureum. O primeiro lance de compra dos papéis, na manhã de ontem, foi de R$ 24,00 – ou seja, houve alta de 2,13% em relação ao preço fixado na semana passada. Depois disso, a valorização foi ficando mais branda, até que as ações passaram a cair, no meio da tarde.

"Comparado com lançamentos anteriores, essa alta na abertura não foi satisfatória. Na semana passada, por exemplo, a Odontoprev abriu com 11% de alta em sua estréia. Por isso, muita gente que reservou o papel da Positivo Informática aproveitou para vender logo no início dos negócios e lucrar esses 2%", avalia Gustavo Oliveira de Andrade, agente de investimentos da corretora Investflow.

Apesar do mau desempenho da empresa no primeiro dia, Léo Fabiano da Cruz, da Áureum, baseia-se nos bons indicadores da Positivo Informática para apostar em uma recuperação até o fim da semana. A companhia é a maior fabricante de computadores pessoais do país e detém cerca de 23% do mercado nacional. Com fábrica na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), a empresa cresceu vendendo máquinas mais baratas que as produzidas por multinacionais, e foi beneficiada pelo pacote de incentivos fiscais para o setor, lançado no ano passado pelo governo federal.

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