Em viagem pelos EUA, presidente do BNDES quer aprofundar relações de investimentos com americanos

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Luciano Coutinho, quer aprofundar as relações do banco com o Export-Import Bank (Eximbank) dos Estados Unidos.

- Combinamos de focar numa série de setores importantes nos quais os EUA têm competência para agregar ao Brasil, um exemplo é toda a cadeia de suprimento de bens e serviços e engenharia para a exploração de petróleo e gás - disse nesta quinta-feira (15) após uma reunião no Eximbank, em Washington.

Segundo Coutinho, o objetivo é o de abrir mais oportunidades para que o investimento americano venha a produzir no Brasil, cumprindo os índices mínimos brasileiros requeridos e ao mesmo tempo criando fluxos de exportação a partir dos EUA, complementando a oferta de bens e serviços.

- Isso é uma cadeia a ser focada, e vamos examinar outras - disse Coutinho.

Na capital americana, Luciano Coutinho também teve um encontro com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, recém eleito para mais um mandato de cinco anos.

- A reunião foi muito boa, operacional. Estabelecemos formas mais eficazes para projetos de integração na América do Sul. Vamos montar uma sistemática de identificação dentro dos projetos do IIRSA (Integração da Infraestrutura da América do Sul) - notou.

Os presidentes das duas instituições também trataram da linha de financiamento de U$ 3 bilhões do BID ao BNDES, com uma tranche inicial de U$ 1 bilhão, direcionado ao financiamento de micro, pequenas e médias empresas.

- Agora estamos esperando a aprovação no Senado - lembrou Coutinho, ao anunciar que Moreno deverá viajar em breve ao Brasil para a assinatura de novos acordos.

Nesta quinta, o presidente fez uma palestra no Woodrow Wilson Center, sobre os desafios das políticas industriais, de inovação e competividade, em que defendeu - em resposta a uma pergunta da audiência - o projeto da usina de Belo Monte.

- Foram acrescidos mais R$ 4 bilhões ao projeto para respeitar as normas de impacto ambiental e social. Tenho certeza de que a vida da população na região será muito melhor depois da construção da usina - disse.

Nesta sexta-feira, Luciano Coutinho tem uma reunião no Banco Mundial, em Washington.