A Embraer demitiu mais 600 funcionários de sua fábrica em São José dos Campos (SP), além do corte maciço de 20 por cento da força de trabalho promovido em fevereiro em todas as suas unidades, afirmou nesta quinta-feira (26) o sindicato de metalúrgicos da cidade, no interior de São Paulo.
Segundo a entidade, filiada à Conlutas, o saldo de novas demissões foi obtido com base nos pedidos de homologação de desligamentos, entre janeiro e novembro.
"Com certeza tem mais de 900 demissões na Embraer este ano, além do corte de fevereiro", disse à Reuters o vice-presidente do sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, Herbert Claros da Silva.
Ele se referiu às 600 demissões ocorridas em áreas de produção da fábrica e a outros possíveis cortes em áreas administrativas e de engenharia que são vinculadas a outras entidades sindicais.
Procurada, a Embraer não tinha representantes imediatamente disponíveis para comentar o assunto.
Em 19 de fevereiro, a fabricante de aviões anunciou a demissão de cerca de 4.200 empregados, ou cerca de 20 por cento de sua força de trabalho à época, devido aos efeitos da crise global sobre o setor aeronáutico. Conforme a empresa, seu quadro atual de trabalhadores é de 16.986 funcionários - no Brasil e no exterior.
Silva, do sindicato, afirmou que nos últimos dois meses houve uma "intensificação das demissões" na empresa. "Esse número de 600 é só relacionado à produção. Não inclui engenheiros e pessoal administrativo, que compõem 45 por cento da fábrica (em São José dos Campos)", acrescentou.
Segundo o sindicato, a fábrica em São José dos Campos, sozinha, emprega atualmente cerca de 11.700 trabalhadores.
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