Cingapura Com piadas e trocadilhos, o ministro Guido Mantega reclamou da derrota sofrida por Brasil, Argentina, Índia e Egito no processo de reforma para aumentar a participação de emergentes no FMI.
Com uma votação que termina oficialmente amanhã, os 184 países-membros do FMI devem dar o pontapé inicial em um processo de reforma que beneficiará imediatamente China, México, Turquia e Coréia, que têm 5,33% do poder de voto e devem passar a ter 7%. O Brasil não discorda disso, mas gostaria que o novo mecanismo de cálculo das cotas do FMI, que ficará para uma segunda fase, usasse o chamado PIB per capita PPC (Paridade de Poder de Compra) como critério. O PPC leva em conta o poder aquisitivo dos habitantes de cada país em relação à sua própria moeda. Por esse critério, o PIB do Brasil poderia dobrar em relação aos atuais cerca de US$ 800 bilhões.
Como o Fundo não deu indicações de que o critério será adotado, Brasil e outros países resolveram votar contra. Mas é quase certo que o FMI terá os 85% mínimos necessários para levar o processo adiante. Em seu discurso na reunião geral do FMI, Mantega disse que o Brasil ficou "extremamente desapontado e frustrado a ponto de não poder endossar o processo.
Clube à parte
Mantega disse ainda que os ministros de Brasil, China, Índia e África do Sul se reuniram em Cingapura e avançaram na idéia de eventualmente criar um G4 (paralelo ao G8, formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia). Alguns emergentes, como o Brasil, o México e a África do Sul, têm sido convidados para os encontros do G8, mas só participam de alguns eventos abertos. A Alemanha assumirá a presidência no fim do ano e já informou que não convidará países de fora do grupo. Mantega minimizou a exclusão e disse que "convites para o café da manhã" são insuficientes. A saída seria organizar um clube próprio. China, Índia, Brasil e África do Sul são grandes economias, argumentou o ministro, e têm uma grande agenda de assuntos de interesse comum. Faltou esclarecer se a ambição é criar de um fundo monetário paralelo, como complemento do tal G4.
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