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Os sócios Eric Fuzitani e Bruno Fuschi, da Brused: mercado brasileiro é promissor | Divulgação
Os sócios Eric Fuzitani e Bruno Fuschi, da Brused: mercado brasileiro é promissor| Foto: Divulgação

32 milhões de smartphones foram vendidos no Brasil em 2013.

O número corresponde a 52% das vendas de celulares realizadas no país. Para 2014, a previsão é chegar a 51,5 milhões de unidades vendidas.

Vender para quem?

Cotações e avaliação são diferentes na hora de vender o gadget usado.

Serviços de recompra

O negócio é garantido e o pagamento, rápido. Porém, os preços são tabelados – e geralmente a avaliação do aparelho é mais rigorosa. Os valores pagos chegam a ser 40% mais baixos do que em vendas diretas.

Preço médio:

• iPhone 4 R$ 550

• iPhone 4s R$ 700

• iPhone 5 R$ 1,1 mil

• iPad 4 R$ 750

Sites de anúncios

O preço da oferta é estabelecido pelo vendedor. Mas alguns anúncios podem ficar semanas no ar, sem qualquer interessado.

Preço médio:

• iPhone 4 R$ 800

• iPhone 4s R$ 1 mil

• iPhone 5 R$ 1,4 mil

• iPad 4 R$ 1,1 mil

O ritmo frenético de lançamentos e os preços altos dos smartphones e tablets abriram um mercado até então inexplorado no Brasil: a compra de gadgets usados. A prática é bastante difundida nos Estados Unidos, mas desconhecida por aqui. Agora, empresas especializadas na aquisição de aparelhos usados apostam na agilidade dos negócios para ganhar terreno. Até então, os serviços mais parecidos no país eram sites que intermediavam a compra e venda entre dois usuários.

De acordo com dados da consultoria especializada em telecomunicações Teleco, em 2013 mais de 32 milhões de smartphones foram vendidos no Brasil e pelo menos metade era de usuários que já usavam celulares inteligentes e trocaram seus modelos por novos, descartando ou repassando seus usados. "É um mercado gigantesco, mas que até hoje estava na informalidade", afirma o presidente da consultoria, Eduardo Tude.

De olho nisso, há três meses foi criada a startup Brused, que compra iPhones e iPads usados. De acordo com um dos fundadores, Bruno Fuschi, nem sempre é fácil vender o aparelho usando somente as redes sociais ou anunciando entre amigos, como é a prática mais comum atualmente. "As pessoas também têm uma resistência em vender para compradores desconhecidos. Muita gente desconfia se vai ser paga da maneira correta, conforme o combinado", explica.

A aposta do recommerce, como é apelidado nos Estados Unidos, está na rapidez da negociação. O vendedor do aparelho antigo consulta uma tabela de preços, envia o aparelho para uma avaliação e no dia seguinte recebe o valor combinado. "Você poupa o tempo de anunciar e achar um comprador", afirma Fuschi.

Foi isso que levou o designer Fernando Winkelmann a vender seu iPad 3 no Brused. "No Mercado Livre, os compradores sempre tentam negociar a troca de produtos e a dor de cabeça não vale a pena", explica. Ele queria vender o aparelho por R$ 1,1 mil, mas topou fechar negócio pelo recommerce por R$ 800.

A diferença de preço realmente existe. Se em sites de anúncios como Mercado Livre e OLX um iPhone 5 usado custa, em média, R$ 1,4 mil, o Brused, por exemplo, paga R$ 1,1 mil pelo mesmo aparelho. Em aparelhos mais antigos, a diferença tende a ser maior.

Recommerce dificulta venda de roubados

Para impedir uma prática relativamente comum no comércio de usados, sites especializados em recommerce do mundo inteiro têm a prática de checar se os celulares não estão na lista de aparelhos roubados das suas fabricantes. Tanto a Samsung, quanto a Apple têm serviços de localização e identificação de aparelhos desaparecidos. Sempre que são ativados e não encontrados, os códigos de série dos smartphones ficam registrados em uma listagem das empresas.

Além de inibir a prática criminosa, a checagem poupa problemas futuros aos novos donos dos aparelhos. "Os smartphones mais modernos ficam bloqueados para atualizações quando o aparelho está listado como roubado", afirma o especialista em celulares da XDigital, Felipe Carraro. "Nem sempre o comprador tem como saber a procedência do celular. Comprar de uma empresa de recommerce é mais seguro, nesse sentido", completa.

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