Validar a ideia antes de buscar um investimento externo não é só uma recomendação de palestras sobre empreendedorismo. Começar o negócio e ter resultados para apresentar encurta caminhos entre o empreendedor e o investidor. Foi assim com a Giver, startup de Curitiba que administra redes fechadas de cartões presente e pré-pagos, como vale-presentes. Ano passado a empresa recebeu um aporte, depois de ter um serviço replicável, e em 2013 pretende crescer 4000% em relação ao ano anterior.
O empresário Diego Luis Pereira de Sampaio, conhecido no meio das startups apenas como Sampaio, tinha uma empresa de tecnologia há dez anos, que foi vendida há pouco tempo. Depois da venda, Sampaio tirou um mês de férias nos Estados Unidos, onde percebeu o quão comum eram os cartões-presentes por lá. "Comecei, então, a estudar o mercado brasileiro e resolvi montar a empresa", lembra.
Durante um ano, ele levou a Giver como um trabalho paralelo, investindo, com capital próprio, R$ 50 mil. A princípio, iria oferecer apenas o vale-presente, mas ao testar seu serviço junto a uma rede de restaurantes, conheceu outras necessidades do cliente, como um programa de fidelização.
Em abril do ano passado já tinha desenvolvido um produto replicável e em outubro a empresa começou a se pagar. "Foi quando fui buscar um investidor, porque já tinha validado a ideia e sabia como vender o produto", ressalta Sampaio.
No final de 2012, o fundo de investimentos HFPX, que busca empresas inovadoras do Sul do país, investiu na Giver. Hoje há seis pessoas trabalhando na empresa, que já está presente em todos os estados. "Em eventos com empreendedores, percebo que eles querem buscar primeiro o investidor para depois abrir a empresa. Sugiro o contrário, primeiro valide a ideia, para depois levar ao investidor. Quanto menos informações o empreendedor tiver sobre o negócio, mais fica para o investidor quando se fecha um contrato, porque ele está correndo mais risco", recomenda Sampaio.
Conheça a Giver: giver.at
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